"O que é o viver senão este estilhaçar de vidros, o passo cauteloso para não acordar o que pode fazer doer
Passamos pela vida neste perene duelo com o tempo este senhor caprichoso que nos subtrai, inclemente e a seu bel prazer, o que bem entende.
Pelos vãos do que nos importa, escapam amores, sonhos, certezas, mudanças em nossa história, outrora inimagináveis escorre a vida.
Perene espanto e dor ante a impotência do que não podermos reter.
Mas, se viver é assim, quem sabe possamos fazer do tempo um aliado Pois se todos têm o seu preço Também não o teria o tempo Vã ilusão
O caminho talvez seja buscar permanecer neste eterno equilíbrio entre viver e não nos permitirmos o desencanto.
Buscar evitar a queda sem rede.
Ao longe, sempre é possível divisar o indecifrável horizonte Quem sabe as respostas não estariam lá, em alguma curva do caminho
Quem sabe "