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Superação de Perda Morte

O Encurtamento das Durações
Quanto tempo leva para superar a dor da perda Quanto tempo para digerir uma rejeição Absorver que um sonho terminou Esquecer uma frustração Uma mágoa de infância Um trauma Uma demissão Os psicanalistas provavelmente responderão que é preciso respeitar o ritmo de cada um.
Há quem seja rápido na retomada da vida, e há os mais lentos, que necessitam de um acompanhamento mais intensivo.
Não há como decretar: dois dias, dois meses, dois anos.
Só que a maioria da população não procura psicanalistas.
Não têm dinheiro pra isso, e muito menos disponibilidade.
As pessoas não podem parar no meio do dia para se consultar, pois trabalham insanamente, e tampouco possuem tempo para, segundo elas, desperdiçar.
Sabe se que análises são demoradas, que buscam e rebuscam nossa intimidade, que não é num estalar de dedos que se atenuam as dores internas.
E qualquer coisa que demore, hoje em dia: não, obrigada.
Que inquietação.
O passado e o futuro são dois períodos que já não interessam: cultua se o presente como nunca antes.
O que vale é este momento, agora, o instante vivido.
Tudo digitalizado, virtual, instantâneo.
Quem ainda espera dias por uma resposta Meses por uma solução
Na vida burocrática, governamental, a demora ainda é praxe e se vale da morosidade para arrecadar mais e mais dinheiro, mas no plano pessoal, encurtaram se as durações.
Vive se tudo de forma mais compacta, o começo e o fim mais próximos do que jamais foram.
E acabamos impregnados dessa urgência, dessa vontade de resolver todas as tranqueiras com a maior agilidade possível.
Porém, há tranqueiras e tranqueiras.
Você consegue resolver pendências profissionais de imediato, consegue tomar decisões práticas sem se alongar: parabéns.
Salve a produtividade.
Mas não foram essas as questões levantadas no início desse texto.
Falávamos de tristezas, de cicatrizar feridas, de aceitar o destino que nos coube, de assimilar mudanças.
Sentimentos não são regidos por megabytes por segundo, não se vinculam a relógios, não obedecem a leis objetivas – é o curso da natureza que manda.
E a natureza é surda e cega para o desatino.
Exige a introspecção devida, sem a qual nada se resolve, só se mascara.
Diante da dor emocional, só há uma ordem a respeitar: paciência.
De nada adianta inventar alegrias fajutas e se oferecer para a cobiça do mundo sem antes estar com a alma serenada e forte.
É preciso saber esperar, do contrário a gente se atrapalha e só reforça a miséria existencial que preenche as madrugadas.
Basta de tanta gente evitando pensar, evitando chorar, evitando olhar para dentro de si mesmo, sorrindo de um jeito tão triste que só faz demorar ainda mais o reencontro com o sorriso verdadeiro – aquele aguardando a hora certa de voltar.

O PESO DE UMA PLUMA.
( sabedoria para ajudar a superar a perda de um ente querido)
Myoko Shida Rigolo, aos 52 anos, consegue uma façanha, em programas de Talentos, ao sustentar em perfeito equilíbrio um grupo de ramo secos, que depende do pêso de uma pluma para manter se em seu lugar.
Quando tentamos nos reconstruir, depois de uma perda de um ser querido, só podemos fazer, recorrendo a força do nosso espírito ; que talvez seja tão pesado como uma pluma.
E para alguns tão pouco importante.
Quando temos essas perdas, muito de nossos valores são questionados por nós mesmos.
Gerando uma mudança, uma nova acomodação, que nosso próprio espírito assim o demanda.
Depois de um tempo e com calma interior, começamos a ver quem nos apoia e nos dão suporte : família, cônjugue, amigos, talvez o trabalho, estudos, hobbes nos ajudem.
Tudo é questão de um delicado equilíbrio entre o tempo e a vontade.
Enquanto alguns se perguntam como conseguiremos nos reerguer Com o tempo e o equilíbrio de imediato nossas firças começam a nos regressar.
Projetos esquecidos ou postergados são retomados, demandando esforço, paciência, amor e compromisso com o nosso próprio espírito .
Nada é simples.
Mas se existe vontade nada é impossível .
Talvez encontremos al guém mais sofrido, porque também perdeu alguém querido, ou porque sua vontade está reduzida.
Essa pessoa, é um elemento a mais em nossa rede de equilíbrio, porque tudo nos afeta; tudo que nos rodeia nos influência! Com o tempo, cada peça começa a tomar o seu lugar.
Nosso espírito se eleva.
Tudo volta assumir harmonia com o nosso ser.
A vida ainda tem muito para oferecer e a solicitar!
A vida espiritual, harmonia do ser! E aí, pensamos que chegamos ao ponto máximo, porém sempre há uma peça a mais para acomodar; é necessário encontrar essa peça.
E, colocá la no lugar completo de todo nosso equilíbrio .
Voltamos a sorrir para a vida e a nós mesmos completamos um círculo ; encerramos um círculo de dor.
No entanto, tudo isso não teria sido possível, sem a força do nosso espírito e sem o pêso de uma PLUMA.