Independente das suas histórias, afetos e demais conquistas, eu me sinto especial mesmo quando você some por dias e então reaparece em forma de uma simples mensagem de texto confirmando as suas andanças em algum ponto do mundo além daqui, nesse coração saudoso.
Não há em mim a necessidade de (re)afirmações.
Declarações.
Demonstrações públicas de afeto.
Eu sei (mas acima disso, sinto! ) que tudo o que foi conquistado continua ali e aqui guardado, sagrado, presente em tantos e tão bonitos detalhes que compõem o nosso laço e o legado.
Tudo reafirmado em pensamentos sintonizados, olhares cúmplices e sorrisos sinceros.
Em lhe pegar pela mão e guiar pelos tantos becos e vielas que formam aquilo que sou, contando a minha vida como se eu estivesse falando comigo mesmo, sem medo de julgamentos.
Em conhecer segredos teus que, fora da sua alma, só a minha tem acesso.
Em voltar com a voz pesada, embargada, e mesmo recebendo o mais puro silêncio (e qual o problema ), notar como sempre nos sentimos renovados e leves na companhia de quem mesmo dispondo de pouco espaço em meio ás suas tantas memórias, passagens e cicatrizes, nos trouxe para dentro, guardou sua própria dor e cuidou de cada uma das nossas feridas com tanto carinho que nos fez sentir tão à vontade quanto seria na nossa própria casa.
E é.
Eu sinto assim.
Eu vivo isso.
E pra mim, é tão significativo quanto um daqueles abraços.
Os melhores.