Não existe nada como a saudade de estar em família, sentir saudades dos familiares é sentir falta da infância.
Saudade latente das risadas compartilhadas e até mesmo das intrigas há muito tempo vividas.
O maior consolo para a saudade que abrigo no peito é saber que existe um lugar para o qual eu sempre posso voltar e que da casa dos meus pais eu levei as maiores lições que eu poderia carregar.
Só reconhecemos o valor da família quando nos vemos distantes.
Não por uma questão de conforto, mas puramente de afeto e amor.
A parte mais difícil de se aventurar na vida é que perdemos a estabilidade do lar, o conselho do pai, o carinho do irmão e o colo de mãe.
É preciso tentar imaginar a falta que sentiremos dos nossos pais, dos almoços em família, de pescar com o avô e até dos "é pavê ou pacumê" de nossas tias, só assim poderemos viver e valorizar cada momento como um controle de saudade preventiva.
Sentir falta da comida de avó não é só sentida pelo coração, mas também pelo estômago.
É passar por diversos restaurantes na esperança de encontrar aquele tempero único que além de nos alimentar com energia, também nos alimenta de amor.
Ninguém tem noção do amor que desenvolvemos pela família até ser obrigado a se afastar dela.
Seja porque chegou a hora ou não, não importa onde seja a nossa nova casa, sempre há um vazio no peito que só pode ser preenchido ao voltar para aquelas pessoas que nos aguardam chegar em casa.
Existem poucas coisas tão puras e verdadeiras quanto ser recepcionado pelo seu cachorro ao chegar em casa.
A presença dele é o maior sinal de que não importa onde estejam, se estiverem juntos, vocês estão em casa.
Saudade que dói é aquela em que o sinônimo de "casa" é o coração de alguém que está a milhões de quilômetros de distância.
Quando jovens, desejamos a liberdade e a independência, mas ao crescer entendemos que a verdadeira liberdade consiste em encarar as responsabilidades e preocupações.
E que por mais que nos imaginemos independentes, os nossos corações sempre serão dependentes de afeto.
O lado bom de termos o mundo exterior e interior é que por mais que os nossos entes queridos não possam estar fisicamente ao nosso lado, ainda assim, eles podem viver nos nossos corações.