Cântico de vitória
Quando eu vencer todas as decepções,
E a minha vida for perfeita e milagrosa,
Ocorrerá no ponteiro último das horas,
Que, não mais me vestirei das ilusões
E nem me espantarei com as solidões
O que será do fútil diante desta glória
Apressa te, agora, oh vento da aurora
E arrebate as folhas das superstições
Não me deixe no sombrio acaso do só
Nesta mar com turbilhões de tubarões
Oh, incessante vida.
Tu que és Faraó
Considerai, portanto, as murmurações.
O meu comodismo é um apenso da dó
Mas, quando eu vencer, lamentações
Que será de vós, oh, tristes tribulações
Eia, todas prostradas nas cinzas do pó.