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Primeiro Dia de Aula

As aulas da vida
Quando no colégio todos os dias
Eu aprendi e vou te contar
Só nao passa de ano
Quem não quiser estudar
Nas aulas de matematica
Eu aprendi a contar
Eu contava os segundos
Pra aquela aula acabar
Nas aulas de português
Aprendi a ler e soletrar
Eu lia cartas, lia bilhetes
Menos o que o livro queria ensinar
Nas aulas de quimica
Eu prendi a quimica de um olhar
Queria juntar meu dna no dela
Pra uma nova vida formar
Na fisica eu aprendi
Que dois corpos a se tocar
Acaba gerando atritos
Causa varias reaçoes faz incendiar
Com as aulas de história
Eu vi que tudo vai passando
Mas o passado deixa rastros
Que é dificil de se apagar
Aprendi com a biologia
Que a vida nao pode parar
Nao fique ai sozinho
Ache logo alguem pra ficar
Nas aulas de sociologia
Eu aprendi a me socializar
Debatendo os assuntos
Para minha vida melhorar
Com a filosofia aprendi a pensar
Pensei como um pensador
Refleti sobre quase tudo
Mas meus pensamentos era só sobre amor
Me e nas aulas de inglês
Eu nao prestava atenção
Eu ja sabia dizer i love you
Me achava bilingue, só que não
Nas aulas de geografia
Aprendi como me guiar
Olhando as estrelas no céu
De norte a sul posso te encontrar
E nas aulas de artes
Eu ja sabia o que desenhar
Desenhava feito um artista
Rosas e coraçao sem olhar
Nao posso me esquecer
Educaçao fisica nao podia faiar
Brinquei feito uma criança
Nao me cansava de jogar
Em todas as materias eu passei
A minha formaçao, é quase completou
Os anos se passaram
Mas as aulas ainda não acabou
No colegio eu fui um bom aluno
De tudo um pouco eu conheci
Mas só com uma mulher
O melhor da vida eu aprendi
Mas isso é a aula aqui fora
Aula que nao posso faltar, nem gazear
Entao deixo a voçe uma lição
Tenha o privilégio de aqui estar

Coisas da vida
Capítulo 4 – Parte Final:
As aulas começaram.
As de Clarissa uma semana antes que as de Naty e Amanda.
Clarissa disse que a primeira semana de aula até que não foi tão ruim.
Disse que havia lá belos garotos e também garotas belas.
Todos pareciam muito mais inteligente do que ela.
Bom, isso era o que ela pensava.
Clarissa sempre foi uma garota inteligente.
Costumava ajudar demais Natália e Amanda durante os tempos em que estudaram juntas.
Clarissa, além de ser inteligente, era bela.
Os garotos caiam aos seu pés.
Amanda brincava:
Bom, eu ainda estou em dúvida se você é filha de Atena ou Afrodite, Clara.
As três riam.
Atena era a deusa da sabedoria na mitologia grega.
E Afrodite era a deusa do amor.
Elas gostavam de ler livros sobre mitologia.
Naty já era mais chegada em magia.
Os livros do estilos de Harry Potter.
De qualquer forma, as aulas de Amanda e Naty também começaram.
Elas comentaram com Clara que as aulas foram exatamente o que elas esperavam: um saco! A turma nova não se encaixou nada bem como elas nem esperavam que fosse acontecer.
Já sabia que seria isso.
E os conteúdos Tudo sempre difícil demais para Amanda e Naty.
Mas o pior de tudo, disseram elas, ainda era a ausência de Clarissa.
Foi complicado para elas se adaptarem a essa nova vida.
Vida essa que brinca com as pessoas.
Vida injusta.
Mas, com o passar do tempo, elas se deram conta de que isso tudo são coisas da vida.
Mesmo assim, elas continuavam se vendo sempre que possível.
E o melhor de tudo é que a distância entre elas não separou uma amizade verdadeira.
E nada, nem ninguém nem a distância, separariam elas um dia.
O sentimento de amizade sempre permanecia.

Volta às aulas: aprendizagem, ficção e vida real
Aos sete anos de idade, o menino está tenso, preocupado e repleto de expectativas sobre o seu primeiro dia de aula.
A recepção na escola não é das melhores, porém, as sensações da má experiência vivenciada pelo garoto Moncho conseguem ser rapidamente dissipadas graças à habilidade, à generosidade e à extrema dedicação de seu professor, o velho mestre Don Gregorio.
Os dois personagens protagonizam o belíssimo drama espanhol A Língua das Mariposas (1999), filme dirigido por José Luís Cuerda, que narra de maneira delicada as fascinantes possibilidades do processo ensino/aprendizagem, com ênfase na cumplicidade entre professor e aluno.
A trama tem como pano de fundo a ascensão do regime militar espanhol e as conseqüências desse processo em uma pequena cidade daquele país, representada por uma população atemorizada e desprovida de mecanismos para exercer e/ou apoiar a resistência então praticada por um pequeno grupo de opositores ao sistema opressor, do qual fazia parte o professor Don Gregorio.
O cinema, mais uma vez, nos oferece condições para que possamos refletir e analisar a nossa própria realidade, independentemente das diferenças históricas e culturais experimentadas pelos espectadores em seus países de origem.
A essência das relações humanas, os sentimentos, os temores, os erros e acertos das personagens da trama sempre nos ensinam algo.
No caso da obra em questão, tentaremos, aqui no Estado de São Paulo, reproduzir, neste dia 10 de fevereiro, primeiro dia de aula na rede estadual de ensino, um pouco da poesia e da beleza transmitidas pelo filme de Cuerda no que diz respeito à prática educativa e à relação educador/educando.
Realizaremos uma experiência singular, que pretende fortalecer significativamente a parceria entre escola e comunidade, uma das principais metas da Secretaria de Estado da Educação para 2003.
Neste primeiro dia de aula, pais, mães, irmãos e amigos dos estudantes são os nossos convidados para essa verdadeira festa educacional, que reúne cerca de seis milhões de alunos, em mais de seis mil estabelecimentos de ensino.
Pensando na grandiosidade que envolve esse evento, as escolas organizaram uma recepção calorosa, cujo objetivo é tornar esta data uma experiência positivamente inesquecível para educadores, educandos e comunidade.
O roteiro inovador dessa nova história da educação será escrito de forma concomitante por educadores, funcionários das unidades educacionais, alunos e toda a população que vive no entorno das escolas.
Nossos convidados poderão conhecer as instalações dos prédios escolares, seus profissionais e o projeto pedagógico adotado nas unidades.
A programação inclui ainda atividades como vivências e sensibilizações.
A idéia é reforçar em todos os participantes a consciência de que a escola é um centro de luz, um lugar que recebe e que propaga saberes, conhecimentos, aprendizados, descobertas O século 21 exige uma escola em constante transformação, como é a própria vida.
Uma escola pulsante, que instigue o aluno a ser um desbravador, um criador, um inventor do seu próprio caminho.
Nesse contexto, a participação ativa da sociedade na escola é essencial.
Ela será o elo entre os educandos e o mundo à sua volta, auxiliando na criação de um ensino cada vez mais comprometido com a resolução dos problemas enfrentados pela comunidade.
Assim, os alunos poderão exercer papéis sociais de destaque enquanto ainda estiverem em processo de formação, o que contribuirá para o seu crescimento emocional e intelectual, originando gerações muito mais críticas e conscientes de sua cidadania.
Governo e sociedade devem unir esforços no sentido de oferecer um ensino de qualidade às crianças e jovens que representarão o capital intelectual do país e que fortalecerão, cada vez mais, o espírito democrático e todos os seus valores.
Em seu livro Gramática da Fantasia, o educador italiano Gianni Rodari nos oferece uma síntese perfeita da importância dessa questão, quando nos lembra que a principal disciplina em todas as escolas deveria ser justamente "a realidade, abordada por todos os pontos de vista, a começar da realidade primeira, a comunidade escolar ( ).
Em uma escola desse tipo, a criança não é mais uma 'consumidora' de cultura e de valores, mas uma criadora e produtora de valores e cultura".
Que nesse retorno às aulas todos possamos refletir sobre isso e, mais importante, contribuir para tornar esse conceito uma realidade.
Nesse sentido, estamos esperando a presença de todos vocês, pais, mães, irmãos, amigos e demais representantes da comunidade na escola neste dia 10, dando início a um novo e instigante aprendizado para todos.
Publicado na Folha de S.Paulo

ACHO QUE TE MEREÇO
Lembro como se fosse hoje quando as aulas iniciaram e você estava sentado do lado direito da sala, e eu do lado esquerdo.
Acho que é por que todos os meninos estavam do lado direito e as meninas do lado esquerdo.
Te achava o menos destacável e com isso o mais invisível.
Por incrível que pareça nunca me passou pela cabeça alguma menina gostar de você.
Na verdade trocávamos olhares, lembra A líder da meu grupo dizia que as regras básicas para ser uma garota do grupo era: nada de garotos.
Acho que é a regra básica pra quem não sabe para que servem os garotos, afinal tínhamos apenas 10 anos.
Tudo mudou quando estava viajando com minha família de férias para o litoral do meu estado, e eu tinha 15 anos.
Gostava de música pop, de imaginar amores impossíveis e inevitavelmente, pensar na prova final.
Não sabia que minha mãe era amiga de escola da sua, foi quando em uma padaria perto da praia que nós nos vimos outra vez.
Você estava com 16.
O meu maior desejo naquele momento era que, a conversa delas terminasse e eu definitivamente saísse da mesa que estava sentada com você.
Nunca senti tanta vergonha.
Primeiro: eu estava de biquíni, short e chinelo de borracha.
O que é comum pra quem vai passar as férias na praia.
Mas foi desconfortável pra mim.
Depois de muito te esnobar, mexer no cabelo, olhar para unhas de cabeça baixa, escutei um: “Oi” E respondi de volta.
Foi quando minha mãe gritou:
Vamos filha!
Foi a melhor coisa que ouvi naquele momento.
Então, olhei para você e sai, te deixando sozinho na mesa.
Depois daquele dia, nunca mais te vi.
Fui pra praia e fiquei por lá, analisando o mar, enquanto algumas pessoas cantavam músicas ao som do violão e eu bem de longe, olhava.
Quando as férias acabaram, cheguei na escola com objetivos de não ficar na prova final e parar de ficar imaginando romances impossíveis.
Foi quando te vi novamente e definitivamente não tinha mais como fugir.
Você era da minha sala.
Não sabia o que fazer!
Ainda me lembro quando se aproximou de mim, já sabia que você tinha beijado outra garota de uma turma mais avançada que a nossa.
Você tem uma caneta
É óbvio que eu tenho.
Pensei.
Qual a pessoa que vem para escola e não tem caneta
O tempo foi passando, e pude notar uma aproximação anormal.
De distantes, passamos a ter amigos incomuns e nas rodas de conversa que ocorria alguns finais de semana, eu me pegava sentada, no sofá com você assistindo algum filme, e comendo pipoca.
Notei que o único assunto que me interessava, naquele momento era o que vinha de você.