Poema Mestiço
escrevo mediterrâneo
na serena voz do Índico
sangro norte
em coração do sul
na praia do oriente
sou areia náufraga
de nenhum mundo
hei de
começar mais tarde
por ora
sou a pegada
do passo por acontecer
AMAR.
Amar
A mar
Ah, o mar,
E essa beleza de luar,
Que encanta e ilumina o fundo do olhar,
Que seu brilho e sua onda, que vieram para limpar
Purificar,
Cada alma que para a lhe observar,
Vendo cada alma desse mar,
Ah, o mar,
A mar,
Amar
Porque esse amor doentio
Essa dor sem sentido.
Uma pressão que corre nas veias
Triste, sofrido.
Porque não posso esquecer
Comandar os meus sentidos
Viver com minhas escolhas.
Esquecer o que nunca foi merecido.
Ela tem um sorriso tão grande
Que cabe em um livro que fala de amor
Que cabe em um poema de amor
Que com poucas palavras, descreve seu sorriso.
Mas são apenas palavras, que fala de amor
Hoje dia de Santo Antonio e Fernando Pessoa.
Um nasceu no dia em que o outro faleceu.
Se Santo Antonio foi Fernando de Bulhões, Frei António e depois Santo,
Fernando Pessoa foi Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
Um fazia milagres o outro criava poetas inteiros.
ELA Eu sou feita de beleza (rsrs)
ELE Eu discordo completamente (rsrs)
ELA Como assim (rsrs)
ELE A beleza é que é feita de você (rsrsrs)
Eu digo que sempre vale à pena, o relacionamento por mais curto ou longo que seja sempre vale a pena.
Todos nós somos especiais, serve no mínimo como uma grande lição pra gente aprender, a dar mais valor à gente, não dar sim quando merece não, nem não quando merece sim.
O escritor curto em idéias e fatos será, naturalmente, um autor de idéias curtas, assim como de um sujeito de escasso miolo na cachola, de uma cabeça de coco velado, não se poderá esperar senão breves análises e chochas tolices.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
E ela lia, e relia, tudo eu que escrevia,
e pensava se tudo aquilo foi real um dia.
Ela ria, sentia o ar da inocência,
de todo amor jurado arrancado sem clemencia.
Mas a vida é uma coisa imensa, que não cabe numa teoria, num poema, num dogma, nem mesmo no desespero inteiro dum homem.