Frases.Tube

Otimismo

Se sou bebê,Por favor, me toque.
Preciso do seu afago de uma maneira que talvez nunca saiba.
Não se limite a me banhar, trocar a minha fralda e me alimentar, Mas me embale juntinho de você, beije meu rosto e acaricie meu corpo.
Seu carinho gentil e confortador me transmite segurança e amor.Se sou criança,Por favor, me toque.
Ainda que eu resista e até o rejeite, Insista, descubra um jeito de atender minha necessidade.
Seu abraço de boa noite adoça meus sonhos.
Seu carinho de dia me diz o que você sente de verdade.Se sou seu adolescente,Por favor, me toque.
Não pense que eu, por estar quase crescido, já não precise saber que você ainda se importa.
Necessito de seus braços carinhosos, de uma voz terna.
Quando a vida fica difícil, a criança em mim volta a precisar.Se sou seu amigo,Por favor, me toque.
Nada como um abraço afetuoso para eu saber que você pensa em mim.Um gesto de carinho quando estou deprimido garante que sou amado, E me reafirma que não estou sóSeu gesto de conforto talvez seja o único que eu consiga.Se sou seu parceiro sexual,Por favor, me toque.
Talvez você pensa que sua paixão basta, Mas só seus braços detém meus temores.Preciso de seu toque terno e confortador, para me lembrar que sou amado apenas porque eu sou.Se sou seu filho adulto,Por favor, me toque Embora eu possa até ter minha própria família para abraçar, Ainda preciso dos seus braços quando me machuco.
Como filho adulto, a visão é diferente, Eu os estimo mais ainda.Se sou seu pai idoso,Por favor, me toque, Do jeito que me tocaram quando era bem pequeno.
Segura minha mão, sente se perto de mim, dê me força E aqueça meu corpo cansado com sua proximidade.
Minha pele, ainda que enrugada, adora ser afagada, Não tenha medo, Apenas me toque.

Mais velho eu fico, mais aprecio as manhãs de sábado.
Talvez seja por causa da quieta solidão que vem com o fato de ser o primeiro a levantar, ou talvez seja a alegria ilimitada por não ter que estar no trabalho.
De uma ou outra maneira, as primeiras horas de uma manhã de sábado são muito agradáveis.Há algumas semanas, eu estava arrastando os pés pelo porão com um copo de café em um mão e o jornal na outra.
É como começa uma típica manhã de sábado, quando me chegou uma daquelas lições que a vida parece nos entregar de tempos em tempos.
Deixe me contar.Eu girei o seletor de meu rádio a fim escutar uma troca de mensagens qualquer.
Ao longo do caminho, em meio aos ruídos do intenso tráfego de sábado, eu ouvi uma voz dourada.
Sabe, aquela voz amável que soa como de profissional.
Ele falava à alguém algo sobre “mil bolinhas de gude”.Eu fiquei curioso e parei para escutar o que tinha à dizer.– Bem, Tom, eu sei como você é ocupado com seu trabalho.
Estou certo que lhe pagam bem mas é uma vergonha você ter que ficar fora de casa e longe de sua família por tantas vezes.
Difícil acreditar que um jovem tenha que trabalhar sessenta ou setenta horas por semana.
Ficou feio você faltou ao recital de dança da sua filha.E continuou,– Deixe me lhe contar algo Tom, algo que me ajudou muito a trabalhar melhor as minhas próprias prioridades.Foi aí que começou a explicar a sua teoria das “mil bolinhas de gude”.– Veja, eu sentei um dia e fiz algumas contas.
Uma pessoa vive, em média, setenta cinco anos.
Eu sei, alguns vivem mais e outros menos, mas em média, as pessoas vivem aproximadamente setenta e cinco anos.– Então, eu multipliquei 75 vezes 52 e deu 3900 que é o número de sábados que a pessoa tem em sua vida inteira.
Preste atenção agora Tom, estou começando a parte mais importante.– Como eu tinha 55 anos, eu já tinha passado por 2860 sábados.
Comecei a pensar que se eu vivesse até setenta e cinco, eu tinha apenas cerca de mil sábados para aproveitar.– Então, fui a uma loja de brinquedos e comprei todas as bolinhas de gude que tinham.
Acabei tendo que visitar três lojas de brinquedos para conseguir 1040 bolinhas de gude.
Cheguei em casa e as coloquei em uma caixa aqui na sala ao lado de minha poltrona.
Todo sábado desde então, eu retiro uma bolinha e jogo fora.– À medida que eu observava as bolinhas diminuírem, eu focava mais a minha atenção nas coisas realmente importantes da vida.– Agora, deixe me dizer lhe uma última coisa antes que eu desligue e volte para o lado de minha encantadora esposa para irmos almoçar fora.– Esta manhã, eu joguei fora minha última bolinha.
Acho que se eu sobreviver até o próximo sábado eu estarei ganhando um tempo extra.
Um lucro a mais.
E a única coisa que eu posso fazer é aproveitá lo bem.– Foi bom falar com você, Tom.
Espero que você gaste mais do seu tempo com a sua família, tenha um bom dia! Podia se ouvir um pingo gotejando quando ele desligou.
Acho que ele nos deu muito no que pensar.
Eu tinha planejado passar a manhã trabalhando na antena e depois ir encontrar alguns amigos no clube.
Ao invés disso, eu subi e acordei minha esposa com um beijo.– Bom dia querida, estou pensando em levar você e as crianças para um passeio e depois almoçarmos fora.– O que aconteceu contigo Ela perguntou com um sorriso.– Oh, nada especial, é só porque faz muito tempo que não passo um sábado com as crianças.
Ah, aproveitando, será que podemos parar em uma loja de brinquedos pelo caminho Eu preciso comprar algumas bolinhas de gude.

Era 15 de junho e em dois dias eu faria trinta anos.
Estava inseguro com a rapidez com que o tempo havia passado e temia que os melhores anos tivessem ficado para trás Minha rotina diária incluía uma sessão de ginástica antes do trabalho.
Todas as manhãs encontrava com meu amigo Nicholas na academia.
Ele tinha setenta e nove anos e estava em plena forma Quando o cumprimentei naquele dia, ele percebeu que eu não estava animado como sempre, e perguntou se havia alguma coisa errada.
Disse lhe que estava ansioso por estar fazendo trinta anos.
Fiquei imaginando, como olharia para trás quando chegasse à idade do meu amigo Nicholas, então, lhe perguntei:Qual foi a melhor época de sua vida Sem hesitar, Nicholas respondeu: “Bem, Joe, esta é minha resposta filosófica à sua pergunta filosófica: quando era criança, na Áustria e meus pais cuidavam de mim, sem que eu precisasse me preocupar com nada, aquela foi a melhor época de minha vida.
Quando fui para a escola e aprendi as coisas que sei hoje, aquela foi a melhor época de minha vida.Quando arrumei meu primeiro emprego, passei a ter responsabilidades e a ser pago por meu esforço, aquela foi a melhor época de minha vida.
Quando conheci minha mulher e me apaixonei, aquela foi a melhor época de minha vida Veio a Segunda Guerra e minha mulher e eu tivemos de sair da Áustria para salvar nossas vidas.
Quando estávamos juntos e a salvo num navio, vindo para a América do Norte, aquela foi a melhor época de minha vida! Quando viemos para o Canadá e formamos uma família, aquela foi a melhor época de minha vida.
Quando me tornei um jovem pai e pude ver meus filhos crescerem, aquela foi a melhor época de minha vida.
E agora Joe, tenho setenta e nove anos e estou com saúde.
Me sinto bem e continuo apaixonado por minha mulher, exatamente quando a conheci.”“Esta é a melhor época de minha vida! ”

Todo ano em meu aniversário, desde que fiz 12 anos, um gardênia branca me era entregue anonimamente em minha casa.
Nunca havia um cartão ou uma nota, e as chamadas à floricultura eram em vão porque a compra era feita sempre em dinheiro.Após um tempo, eu parei de tentar descobrir a identidade do remetente.
Me deliciava apenas com a beleza e o perfume mágico daquela perfeita flor branca suavemente envolvida em papel rosa.Mas eu nunca parei de imaginar quem poderia ser o remetente.
Passei alguns de meus mais felizes momentos em devaneios sobre alguém maravilhoso e emocionante, mas demasiado tímido para tornar conhecido sua identidade.
Em minha adolescência, era divertido especular que o remetente poderia ser um menino apaixonado.Minha mãe sempre contribuía com minhas especulações.
Perguntava me se haveria alguém para quem eu tivesse feito uma bondade especial, que pudesse demonstrar a apreciação anonimamente.
Lembrou me dos tempos em que eu deixava minha bicicleta para ajudar nosso vizinho a descarregar o carro e cuidar para que as crianças não fossem para a rua.
Ou talvez o misterioso remetente fosse o senhor idoso do outro lado da rua.
Eu frequentemente recolhia sua correspondência na caixa e o entregava, assim ele não teria que se arriscar descendo a escada gelada.Minha mãe fez o melhor que pôde para aguçar minha imaginação sobre a gardênia.
Queria que suas crianças fossem criativas.
Também queria que tivéssemos a sensação de sermos estimados e amados, não apenas por ela, mas pelo mundo todo.Quando fiz 17 anos, um menino machucou meu coração.
Naquela noite tudo o que eu queria era dormir.
Quando acordei pela manhã, havia uma mensagem, feita com batom, em meu espelho: “Saiba, quando meio deus se vai, os deuses chegam”.
Pensei sobre essa frase por muito tempo, e a deixei onde minha mãe o escreveu até que meu coração se curasse.
Quando eu limpei o vidro, minha mãe sabia que tudo estava bem, novamente.Mas havia algumas feridas que minha mãe não poderia curar.
Um mês antes de minha formatura, meu pai morreu, repentinamente, de um ataque de coração.
Me desinteressei completamente por minha formatura e pelo baile, pelo qual eu tinha esperado muito.Minha mãe, em meio à seu próprio sofrimento, não admitia que eu faltasse.
Um dia antes da morte de meu pai, ela e eu saímos para comprar um vestido para o baile e encontramos um espetacular.
Mas era do tamanho errado, e quando meu pai morreu, no dia seguinte, eu me esqueci do vestido.Minha mãe não .
Um dia antes do baile, eu encontrei o vestido esperando por mim – no tamanho certo.
Eu posso não ter me importado em ter um belo vestido novo, mas minha mãe se importou.Ela se importava em como suas crianças se sentiam sobre si mesmas.
Ela nos imbuiu com um sentido magico e nos deu habilidade de ver a beleza mesmo na hora da adversidade.Na verdade, minha mãe queria que suas crianças se vissem como a gardênia – encantadora, forte, perfeita, com uma aura mágica e um pouco de mistério.O ano em que minha mãe morreu foi o ano em que pararam de chegar as gardênias.