Quando o amor nos chega, assegura.
É aquela firmeza leve.
De sentir o completo: é personalidade, identidade e liberdade respeitadas.
É o sentimento que bate o pé para ficar no coração, mas que sabe as medidas de ceder e de impor, que é certo sempre, à maneira de cada um.
E o amor é a presença mais bonita.
É a força de encontrar um ao outro, de entender, compartilhar e doar mutuamente o pertencimento.
É o ato de fazer parte e de enxergar profundamente, quando se sabe que as profundidades serão como tesouros a desbravar.
Amar, também, nem sempre é abrir a arca da alma do outro e se deparar apenas com sorrisos.
Amar exige força, persistência, paciência.
Amar exige verdade, compreensão, espaço.
Amar exige tempo, disposição, doação.
Amar exige, acima de tudo, coração aberto.
Ao fim, eu espero que não o seja.
Que só continue, mas que a gente nunca aprenda tudo sobre o amor.
É que a gente nunca pode julgar que sim.
O amor cresce, expande, enlaça.
O amor é o amar de cada um e só.
E isso já se torna tudo.
Ao amor, a gente por diversas vezes quer gritar para agradecer.
Agradecer por fortalecer.
Agradecer para fortalecer.
Por ter ao lado e poder contar, sentir carinho, proteção, cuidado.
A gratidão também faz parte dos dois que somos e que, cada vez e sempre mais, amamos ser.
E tantos conselhos, tantas fases, tantos planos, tantos sentimentos, quando nenhuma das descrições coloca a fundo o que é possível sentir quando se está em seu cais de porto seguro.
Quando se ancora à certeza e à vontade de caminhar junto, de alguns dias ao resto da vida.