Meu Coração Vem Antes da Razão

A mim não resta, também, qualquer dúvida sobre o fato de que em cada experiência fosse ela negativa ou positiva que vivi, algum sentimento ganhou o meu coração.
E apesar dos diferentes pesos que cada coisa tem, muitas vezes não conseguimos compreender o impacto de cada conquista, pois não estamos tão prontos assim para entender tamanha mistura de sensações que nos acomete, mas com vontade chegaremos lá, sem dúvida.

Sou sujeito composto: sou tudo aquilo que vivo e guardo como experiências boas comigo, tudo aquilo que ouço e que me faz, de alguma forma, agir como devo, seguindo pelo melhor dos caminhos.
Sou composto pelos lugares que conheci, pelas pessoas que chegaram, que tiveram algum papel em minha vida.
Dessas, sou feito também das que permaneceram e das que, depois de algum tempo, partiram em nova jornada.
Tudo isso me fez ser quem sou.

Há, de qualquer forma, um sentimento que é comum sempre que a gente consegue passar por qualquer tipo de experiência: o de aprendizado.
Pareceria simples e básico demais se não fosse tão forte em nossos corações: um aluno que consegue entender as matérias complicadas que são tão necessárias para o sucesso nas provas.
E na vida não acontece diferente, é exatamente assim.

Se entendemos as emoções e sentimentos que se alojam dentro da gente, enfrentamos da melhor forma possível o embate mais complicado: aquele de decidir entre agir com a razão, com o pensamento tão lógico e matematicamente calculado ou com uma segunda opção que pode também ser escolha principal, que é a de deixar com que a voz do coração invada nosso “ouvir interior” e se torne o guia das nossas ações.

E é exatamente assim que funciona com relação aos nossos sentimentos e nosso coração: nós seremos eternos alunos da vida.
Como todo bom aluno, precisaremos de aulas práticas para experimentar tudo aquilo que ouvimos em cada exposição de aula.
Por isso, não tenha medo de seguir ouvindo seu próprio coração: muitas vezes ele só quer lhe explicar a maneira de resolver um questionamento importante.

Ao contrário do que muitas vezes a gente pensa, agir com o coração não é errado, penoso, muito menos complicado.
A parte mais difícil é aprender a entender e a fazer a conciliação com todos os sentimentos que somos capazes de ter em diferentes momentos da vida; todos mesmo, porque todos eles precisam conviver harmoniosamente, mesmo aqueles que precisam de reparo.
É entendendo cada um dos próximos que as más sensações são atenuadas.
Cada uma à sua maneira, elas desistirão de nos fazer seguir por um caminho tortuoso demais.

Deu medo Não se preocupe demais com isso, afinal, tudo está absolutamente dentro da normalidade.
O medo, a aflição, a tristeza, a ansiedade e a felicidade de conseguir realizar algo sempre surgem em alguma fase da vida.
A gente só precisa ajudá los, fazendo isso com um coração capaz de agir sempre com amor, cuidado e paciência.
São estes os sentimentos para levar em todas as malas, em toda bagagem, para manter e ter sempre consigo.
Tem que ter!

É preciso nutrir todo isso.
E então, quando buscarmos as respostas, tudo estará ali para que possamos consultar, não é mesmo Não.
Não é bem assim que funciona.
Mesmo que a gente aja sempre de acordo com o coração, também é preciso perceber que, para que isso funcione, como qualquer coisa existente no mundo, precisa também de bom combustível.
O que está à nossa disposição nesse momento é da melhor qualidade: bons pensamentos.

“Você é muito emotivo”.
Essa frase clássica é ouvida por quem age segundo os preceitos do coração.
E sim, somos todos emotivos e sensíveis.
Mas isso não é nem nunca será algo ruim.
Só pode não ser comum a todo mundo, mas a unanimidade é a pior coisa que existe.
É bom trocar experiências, entender outros lados, ouvir de todas as formas possíveis e escolher onde quer ficar.
Esse poder de escolha pode e deve existir para todo mundo.

Não condene, em nenhuma circunstância, quem pensa ou quem faz diferente de você.
Cada um age da maneira que acha melhor, que lhe cabe com mais facilidade e que, para determinada ação, parece ser a melhor escolha.
Agir com o coração também significa ser mais compreensivo, mais entendedor.
O primeiro passo é saber, a todo momento, que não sabemos ou podemos mais que ninguém.

“Quem age com o coração sofre demais”.
Quantas vezes você já escutou essa frase de alguém Pode ser daquele que se considera um sensível nato ou de quem quer passar bem longe de ouvir o coração.
Mas não é bem por aí.
Quem age com o coração também pondera, também entende os limites, também sabe agir com cautela.
Quem age com o coração só se agarra mais ao sentimento do que às probabilidades.
Por isso, não se espante se você for dessas pessoas.
Quer um resultado Faça o acontecer.

Todo mundo tem seu espaço de privacidade, o seu lugar interior para ficar completamente focado em si mesmo.
É preciso respeitá lo.
Então vale a pena lembrar que é possível fazer acontecer, é possível não desistir, lutar pelo que se acredita, mas sempre lembrando que, assim como esses direitos são assegurados a você, também são assegurados para aquela pessoa com quem você se relaciona.
Faça tudo o que puder, sem se esquecer de que o segredo é nunca interferir, mas ajudar, exercitar a compreensão.

Para não esquecer nunca: o coração também tem suas razões, assim como o raciocínio lógico também é guiado por alguns sentimentos.
É importante, por isso, acreditar no equilíbrio, não numa ideia de totalidade que nem tem necessidade de existir.
É basicamente isso: você não precisa estar completamente.
Só precisa ser por inteiro mas ninguém disse que o inteiro precisa ser maciço, ser uma coisa só.
Um segredo que quase ninguém te conta é que esse inteiro também pode ser produto de várias partes.

Não cale o seu coração, tal como você não gostaria de ser calado ao expressar um pensamento.
Deixe o dizer, contar, absorver, fazer o trabalho que precisa, por mais que você não queira ser “incomodado” ou ter sua vida interferida por ele.
Agarre se ao que acredita e continue, mas deixe com que tudo funcione bem e em plenitude.
Afinal, a gente nunca sabe quando vai precisar ouvir um conselho e, na hora mais precisa, não importa de onde ele virá.
Importa que ele nos conforte e nos tire, de qualquer forma, da zona de conforto.
Que ele nos leve a agir!

Nós, os rotulados de sentimentais, somos adeptos da ciência mais inexata possível.
Pode ser imprevisível ir com tudo, ir de coração aberto, como a gente sempre diz, mas é bom para quem tem coragem.
Faz bem, é como lavar a alma sem precisar que lágrimas nos invadam sempre embora fazê lo ocasionalmente também, se olharmos com os olhos da positividade, não faça mal algum e que a gente possa prosseguir certos de que o caminho certo não tarda a chegar, mas que precisamos ir passo a passo para que o encontremos bem ali, à nossa frente, logo no horizonte.