Que uso uma mascara negra sobre o meu rosto.
Mascara que me queimou o rosto, e desbotou me o olhar.
Que longa noite é está Que me queimo aos vapores do vinho, nos braços de prostitutas.
Nesta noite profanei Deus ao acaso, e o diabo profanou ao esquecimento!
Que noite é está Que a mocidade lançou me entre as águas suja do passado.
Noite chuvosa, com cheiro do sangue!
Quem viu uma flor aberta Mesmo abatida e sem cheiro.
Quem viu um rosto A não ser de mascara.
Que noite é está De orgia a porta aberta; de virgens e cidades velhas
Onde eu tenho horror aos beijos.
Que noite é está Que troquei o manto da infância, pela sombra das orgias, a água limpa, pela a nódoa do pecado.
Que noite é está Que sou doido em loucos anos, noite em que sacudo minha espada em qualquer coração, e depois me escondo em mascara negra, suja de baba imunda.
Que noite é está Que a meretriz vende seu corpo, onde satã pernoita, e eu não pago um centavo.
Que noite é está Que desmaio na pratica de Sodoma e Gomorra.