A tragédia e a sátira são irmãs e estão sempre de acordo; consideradas ao mesmo tempo recebem o nome de verdade.
Se as pessoas que foram mortas em Paris tivessem armas, pelo menos eles teriam uma chance de lutar.
Não é interessante que esta tragédia tenha ocorrido em um dos países com uma das leis de armas mais duras do mundo Lembrem se: onde ter armas é um delito, só os delinquentes as possuem.
A verdadeira tragédia do pobre é que só pode aspirar à renúncia.
Os belos pecados, como as coisas belas, são privilégio dos ricos.
Não é de excluir que, no fim da investigação das particulares elementares, surja um grande silêncio.
Isto também não seria uma tragédia.
Pelo menos, o disparate do século XX até seria, então, perfeito.
O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem.
Nossa tragédia é que não temos o mínimo de auto estima.