Deitada em minha rede com o livro sobre meu colo em êxtase puríssimo não sou mais aquela menina com seu livro, mas uma mulher com seu amante.
Hoje declarei em casa de uns amigos que a maior prova de amor que um poeta pode dar a uma mulher é a sua intimidade.
Escrever versos diante dela é qualquer coisa como parir com um Cristo à cabeceira da cama.
O amigo de um homem gosta dele, mas deixa o ficar como ele é; a mulher de um homem ama o, e está sempre a tentar transformá lo noutro homem.
Entre um homem moço e uma mulher bonita, a amizade pura, a amizade intelectual é impossível.
O homem e a mulher são, fundamentalmente, irredutivelmente, inimigos.
Só se aproximam para se amar ou para se devorar.