Não há nada mais relapso do que a memória.
Atrevo me mesmo a dizer que a memória é uma vigarista, uma emérita falsificadora de fatos e de figuras.
A recordação de um amor terminado, mas que permanece fortemente na memória, é tão absorvente quanto era o próprio amor.
Os jovens têm a memória curta e os olhos para ver apenas o nascer do sol; para o poente olham apenas os velhos, aqueles que viram o ocaso tantas vezes.
O amor de verdade acaba, mas nunca morre, pois suas lições e valores perpetuam em nossas memórias até que nossa vida finde.