Eu tenho um lado que acredita na bondade das pessoas, que elas podem ser melhores, tenho mania de confiar demais.
Mas as pessoas se vão, simplesmente me esquecem ou mudam e sempre mudam pra pior, se tornam pessoas que disseram que jamais seriam.
Você era calor no inverno, era sol nos dias de chuva, era cor nos dias nublados, era sombra nos dias de verão, você era.
Você foi embora.
Fingia não sentir mais, fingia não precisar cada dia do seu sorriso do seu abraço, fingia que o motivo por respirar cada dia não era você, mas os papeis que eu escrevia, todos sabiam, eu sentia falta de você.
Sentimento é algo tão confuso, eu não consigo entender o que sinto, não sei como expressar, muito menos como falar, só sei sentir
Eu estava longe de ser uma pessoa interessante.
Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho.
Eu queria mesmo um espaço sossegado e obscuro, pra viver a minha solidão; por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo, e não conseguia nada.
Eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas.
Mesmo que eu tente esconder, mesmo que eu tente não me mostrar.
Mesmo que eu disfarce.
Eu sinto tudo demais.
E é por isso que às vezes as coisas doem tanto.
Estávamos todos juntos nisso.
Todos juntos num grande vaso de merda.
Não havia escapatória.
Todos desceríamos juntos com a descarga.
Alguém ficou me dizendo que não tinha problema sentir, não importa o quanto isso machucasse Que nossas emoções nos tornam humanos, bons ou ruins, e para nunca perder a esperança.
Eu sou meio todo mundo.
O engraçado, o chato, o romântico, o amigo e o solitário.
No fim do dia não sei qual deles eu sou e o sentimento de ser ninguém me invade.
Eu choro.