Mesmo no amor é puramente questão de fisiologia.
Os moços querem ser fiéis e não são; os velhos querem ser infiéis e não podem.
O amor não se transforma, ele se esgota, e a gente vai levando, por vários motivos.
E, saibam, muitos desses motivos não são nada nobres.
À medida que os sentidos avançam e se desencadeiam numa direcção, o amor verdadeiro exaure e retira se.
Quanto mais os sentidos se tornam pródigos e fáceis, mais o amor se contém, empobrece ou se torna avaro.
O amor vai permanecer, mesmo que as palavras sejam esquecidas, que a presença não seja constante e que os caminhos sejam diferentes.
Nunca mais o amor.
Era o que mais doía, e de todas as tantas dores, essa a única que jamais confessaria.
"No amor cansei de ser diarista.
Tava querendo que alguém assinasse minha carteira!