Ao recordar talvez de algum amorOu soltas agressivas palavrasA retornar em meu vago pensarSoltas a trilhar num mundo duploOnde jamais alguém poderá alcançar
Até quando Eu não sei e nem o tempo sabeVocê já deveria ter voltadoSe voltou, se perdeu no caminhoNão paro de olhar o caminhoNão paro de reparar no relógioFico decorando frases para te agradarFrases que engulo com lágrimas e silêncio.
Depois de lançadas, nada lhes refugiaNada lhes acolhe, nem dó nem piedadeEvapora então bem de pressa, vira arQue meu silêncio vai pingar pela cidade
Larga esse sentimento mal lembradoMachucado, escondido pelas covasPelos cantos das calçadas imundasQue essas minhas gotas de saudadeCaim cheias, morrem, evaporemPra nascerem livres e IremPro céu virar chuva de verdade.
A distância pode separar dois olhares, mas nunca dois corações
Alçou voo a um precipício sem voltaChão sujo, duro, ingrato, pisoteadoQue acolhe obrigado, doce que amargaÁgua que logo vira barro em meio a póSem a menor chance de resgate
