Aprendemos a morrer quando o dormir é profundo e não há sonhos lembrados.
Na insônia, a vida resiste.
Toda vez que toca o telefone, eu penso que é você; toda noite de insônia eu penso em te escrever pra dizer que o teu silêncio me agride, e não me agrada ser um calendário do ano passado.
Pra dizer que teu crime me cansa, e não compensa entrar na dança depois que a música parou.
Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro).
Agora está passando: um band aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem.
Ou: que se há de fazer.
Agora o tempo já passou, a tempestade enfim acabou, a rua já secou, fez sol lá fora.
Aquela insônia já curei, do mal humor já melhorei, e até me acostumei com a sua falta
Estou embriagada de insônia e alcoolicamente sonolenta.
Particularmente agora, estou com uma amnésia tamanha.
Portanto, não me perguntem nada sobre ontem, hoje ou amanhã Nenhuma resposta será pensada com raciocínio lógico, nem dita com coerência
A insônia essa loba triste anda tão inquieta e curiosa que mal dormiu, já pulou da cama e anda por aí..
a ladrar nos muros da cidade