São Paulo me dá uma sensação de liberdade que não sinto em nenhuma outra grande capital do mundo, seja Paris, Roma, Nova York ou Tóquio.
Aqui o cosmopolitismo é total e cada pessoa acaba tendo seu espaço preservado.
E a criança tá olhando o Tietê.
E a velhinha tá cantando na Paulista.
E o velhinho tá chorando no Anhangabaú.
E o mendigo tá dançando na Consolação.
Cidade, santidade urbana.
Intensidade humana, dispersão, concentração de tudo que se anula reforçando a afirmação de vida ebulição.
Do centro de São Paulo à periferia, dar um rolê com os amigos era tudo o que eu queria.
Pra violência pelo clemência para o trânsito paciência.
Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera.