A morte é simples mudança de veste, somos o que somos.
Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
O corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte; a Alma nenhuma parte toma nisso.
Os sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito que se vê chegar o termo do seu exílio.
A morte é apenas a destruição do corpo e não do perispírito, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica.
A fatalidade só existe, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no instante da morte.
Quando esse momento chega, seja por um meio seja por outro, não a podeis evitar.
Pensa que a morte virá para ti como para todos, que os títulos não te pouparão a ela; que pode te atingir amanhã, hoje ou daqui a uma hora; e se te fechas no teu orgulho, então eu te lastimo, pois serás digno de piedade!
"A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna.
A vida corporal é transitória e passageira: não passa de um instante na eternidade."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
A morte não tem mais nada de assustador; não é mais a porta do nada, mas a da libertação, que abre para o exilado a entrada de uma morada de felicidade e de paz.
"Os Espíritos encarnados constituem a Humanidade, que não se circunscreve à Terra, mas que povoa todos os mundos disseminados no espaço."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
"O Espírito, propriamente dito, é o princípio inteligente.
Sua natureza íntima nos é desconhecida.
Para nós, é imaterial, porque não tem qualquer analogia com o que chamamos matéria."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)