Ô Zé, ando tão desorientado, já faz tempo.
E me escondo, e não procuro ninguém, e fico mastigando minha desorientação.
Que o seu coração seja um eterno jardim particular, deixando entrar apenas quem realmente se importe com suas flores.
Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu.
Se não for
Quer atenção
Não implore.
Quer carinho
Não peça.
Quer um colo verdadeiro
Não corra atrás.
Quer ser amado(a)
então se ame.
o resultado
Se for natural,
fica.
Se não for,
Adeus com louvor.
Crescendo de trovão até findar,
Depois o esboroar se, grandioso,
Quando o Tudo criado era escondido
Isto – a Poesia
Ou o Amor os dois vêm coevos
Ambos, nenhum provamos
Um qualquer experimentamos e morremos
Ninguém vê Deus e vive –