Eu sou um pássaroMe trancam na gaiolaE esperam que eu cante como antes
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão.
Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente.
Força sempre.
Nos perderemos entre montros da nossa própria criação.
Hoje não dá.Não sei mais o que dizer e nem o que pensar
O tempo é mercúrio cromo.
O sândalo perfuma o machado que o feriu
Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou.
A humanidade é desumana, mas ainda temos chances.
Não seu escravo de ninguém, ninguém é senhor de meus domínios.