Amo te sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira.
Amo te e não te amo como se tivesse nas minhas mãos a chave da felicidade e um incerto destino infeliz.
Gosto quando te calas porque estás como que ausente e me escutas de longe, minha voz não te tocas.
Parece que os olhos tivessem de ti voado e parece que um beijo te fecharás a boca.
Era a dor e as ruínas, e tu foste o milagre.
Ah mulher, não sei como me pudeste conter na terra de tua alma e na cruz de teus braços!
Tudo estava vazio, morto e mudo.
Caído, abandonado e decaído.
Tudo era inalienavelmente alheio.
Tudo era dos outros e de ninguém, até que tua beleza e tua pobreza de dádivas encheram o outono.