Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
saudosa do que não faço,
do que faço, arrependida.
"O amor sozinho vagava.
Sem mais nada além de mim
numa eternidade inútil"
O que amamos está sempre longe de nós:
e longe mesmo do que amamos que não sabe
de onde vem, aonde vai nosso impulso de amor.
(do livro "Solombra".)
"Homem vulgar! Homem de coração mesquinho! Eu te quero ensinar a arte sublime de rir.
Dobra essa orelha grosseira, e escuta o ritmo e o som da minha gargalhada: Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! ”.
( do poema "Gargalhada.)