Via de regra, cada um de nós morre uma única e escassa vez.
Só o ator e reincidente.
O ator ou a atriz pode morrer todas as noites e duas vezes aos sábados e domingos.
A vida não é nada além de uma
sombra que anda, um pobre ator que
pavoneia e lamuria seu instante
no palco e depois não é mais ouvido:
é um conto contado por um idiota,
cheio de som e fúria, significando nada.
Os amantes e os loucos têm cérebros ardentes, fantasias visionárias que percebem o que a fria razão jamais poderá compreender.
A vida é uma sobra que passa é um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco e depois não é mais ouvido.
É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado.
Apaga te, vela fugaz!
A vida não é senão uma caminhada
Sombria, um pobre ator
Que se pavoneia e gasta a sua hora
No cenário,
E logo ninguém mais o ouve;
Vem a ser um conto
Narrado por um idiota,
Cheio de ruído e fúria,
Que não significa nada.
Nosso público só gosta do que é fácil.
O riso é fácil.
O choro é fácil.
Tudo que obriga a pensar é automaticamente posto de lado.
O ator deve trabalhar a vida inteira, cultivar seu espírito, treinar sistematicamente os seus dons, desenvolver seu caráter; jamais deverá desesperar e nunca renunciar e este objetivo primordial: amar sua arte com todas as forças e amá la sem egoísmo.