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Ficando Velho

"Mais uma da série; você esta ficando velho".
Você acorda e os pensamentos fazem você viajar, rapidamente bate um desejo de querer escrever, colocar tudo em um grande texto.
Então eu lembro que estou na casa dos seus pais, e sabido que aqui meu passado ainda reina em alguns armários e portas.
Lembro que a décadas atrás tinha três vezes por semana curso de datilografia, e daquela época além do (esquerda: ASDFG direita: HJKLÇ) em algum lugar uma "Olivett" tem que estar em décadas de repouso absoluto, começo então caçar daqui, caçar dali bummmm localizei a danada.
Por algum tempo sou transportado pra um tempo do qual praticamente havia esquecido quase que por completo, mas esse reencontro e que reencontro com a dona “Olivett”, como que por um toque mágico, resgata, aflora e reaviva toda uma história cheia de encantos e fatos das décadas passadas que eu esqueci.
Ansioso você tira ela da sua capa protetora, começo meio que namorar ela por instantes, vindo acomodar essa relíquia sobre a mesa!
Como que 20 poucos anos fossem ontem que acontecera, tantas histórias e momentos carregam minha memoria, me trazendo e reacendendo lembranças quase que instantaneamente.
Resgatei noites de treino que antecederam as provas, cãibras nos dedos, dores, puxão de orelha da mãe, que cobrava diariamente para você aprender a bendita cuja datilografia
Fecho meus olhos parece que ouço ela do meu lado falando "se quiser ser alguém quando crescer precisa aprender datilografia pia, agora eu comprei e você tem que aprender se quiser ser alguém um dia".
Tantas histórias sou acometido! Minha primeira entrevista de emprego que fui testado na datilografia, nervosismo, sonhos, medos enfim tanta coisa que aqui ficaria pequeno descrever.
Pego minha primeira folha “Sulfite” insiro na danada, alinho e com muita força nos dedos, solto meu primeiro "asdfg" "hjklc" a fita adormecida ainda com resquícios de verde e negro replicam meu passado naquela folha!
Começo então escrever todo empolgado, viajando em histórias mirabolantes, sonhadoras, magicas e só minhas!
Aquele som da "Olivett" e algo fora do comum dos tempos atuais já que minha “Olivett” não é elétrica.
Muito barulho e força são marcas da sua capacidade de dar vida aos textos que começo a transcreve!
Empolgado digitando, relembrando, sonhando, mergulhando em décadas de história, acabo nem percebo meu filho ao lado encostar olhando pasmo, boquiaberto, maravilhado e encantado com meu afazer.
Paro no mesmo momento e me viro todo ansioso pra contar e dividir essa história que acabei de resgatar, todo eufórico para explicar a diferença de tecnologia, mas a cara dele e de alguém extremamente desconfortável, então eu não êxito e saio perguntando, filho que foi
Ele prontamente responde paiiiiiii que "maneiro" seu computador; você digita ele vai imprimindo na hora, que demais, como é o nome desse computador!

DESERTO
Hoje me olhei no espelho da imaginação
vi que estou ficando velho e que a idade me chegou
e é assim que bem disfarço esse sorriso incolor, tentando
a mim mesmo enganar, pensando que vou bem longe,
mas, pra onde
agora está sobre mim este futuro atual que
antes me era um sonho de chegar sem ver o mal
até que não tá ruim, mas, não é meu natural
devo sonhar novamente, um sonho bem mais real
pois este é o futuro trágico, já não vejo meu amor
o que um dia quis guardar, pra que hoje ver o valor
foi se embora e já não vejo, onde será que escondeu
com isso também perdi o grande amor que alguém me deu
onde havia frio e neve, onde a geleira assolava, pra me aquecer
em teus braços, presente o amor estava
e no verão quantas vezes a mim ele refrescava, e quando um dia em minha sede
este assim me saciava.
ainda posso lembrar me o dia que ele chegou
olhou pra dentro de mim e um lugarzinho procurou
e manso, sereno e solto, sem incomodo se alojou
o amor não é sozinho, é carente e mui manhoso
trouxe ao meu ser um sorriso tão contente e amistoso
escolhendo amor, você, pra esse triangulo amoroso
na aurora num sorriso, logo percebi brilhar, nos doces e meigos
olhos me chamando à despertar, fui além do horizonte
antes de clarear os montes, uma flor
à ti buscar
alguém me julgava um tolo, ao ver me sair tão cedo, por uma tão, simples rosa, e se eu não tinha medo, de cruzar todos os montes
e desafiar os rochedos, a verdade é, que a flor
e um sentimento de amor, estes dois tem um segredo
do alto daqueles montes, então foi que eu pude ver, que o amor está acima
do que um homem possa ser
embora seja o tal grande, ou por mais que este ser ande
o amor o vai surpreender
já me comparando aos montes, vi o tamanho que sou, que sou nada
e sou tão útil, mas, seria pobre e fútil ao me faltar o amor
depois de apanhar a flor, a mais bela que eu achei, nos agrestes meu retorno e
voltando imaginei, como é linda o meu amor que nesta vida encontrei
com ela terei sucesso, não pensarei no regresso, com ela eu viverei
mas vejam foi tudo em vão, pois algo que tão ruim, sobreveio de repente
incoerente estou assim, desde que um novo amor, na vida dela chegou
e o encanto teve um fim
as rosas sem compaixão, foram ali abandonadas, hoje secas e sem vida
são murchas e amarrotadas, como a folha do poema, deste que criei o tema
dado pela minha amada
por isso amigo hoje eu vivo, neste jardim à céu aberto
onde viver é errado e morrer eu acho certo
pra não buscar outro amor, e afogar minha dor
neste areal do deserto.