É fácil falar da vida alheia, é fácil se colocar no lugar do outro e resolver os seus problemas, chega a ser facílimo, o contexto muda problemas e soluções, a forma como você foi criado, os obstáculos que você teve que superar, sua vivência e sua história que aposto com você que é única e jamais vivida por outro ser.
Nós não só somos o presente, carregamos traumas, cicatrizes, sangues, suor, lágrimas, alegrias, alergias, rejeição, superação, obstáculos, sonhos, pesadelos, sofrimentos, vitórias.
Eu não sabia administrar a solidão até me ver e sentir completamente só.
A gente vai se moldando, contornando, evoluindo, vivendo, sentindo, outras tantas vezes somos como o vento que ora sopra para cá, ora sopra para lá.
A prevalência do sossego causa defeitos em pessoas, eu quero que o choro do meu filho cesse e para isso eu o permito fazer o que não é correto.
Tudo é aprendizado, já aprendi como filha, já aprendi como madrinha, já aprendi como comadre, já aprendi como esposa, já aprendi muito como irmã.
A morte me pegou de surpresa, somos movidos por emoção, uns administram bem outros de forma precária, sono vira fuga, comida vira fuga, excessos são fugas.
Temos medo de nos conhecer, de conhecer nossas fragilidades, agimos por impulso, comemos por impulso, vivemos por impulso, não queremos abrir mão de muitos mimos, não estamos dispostos a sair da zona de conforto.
Precisamos de barulho, precisamos contar tudo para todo mundo, expor a vida no face ou na net, decidimos viver sob a ótica dos aplausos alheios, curtimos altas emoções, somos teimosos com o que muitas vezes nos faz mal, não nos perdoamos no passado, mesmo que já seja um passado distante, falta maturidade, falta reconhecer escolhas erradas, amores errados.
Não adianta mentir para si mesmo, não adianta ver a vida de forma complicada, paralisar no nosso comodismo, É preciso ser exigente conosco, esquecer traumas, decepções e tristezas, reconhecer que somos humanos.
O outro só faz de mim o que eu permito.