Escrevo Porque me Doi o Coração

As palavras que saem dos meus dedos são os sentimentos que eu escondo no fundo do meu peito por não ter mais quem eu amo por perto.
As cartas de amor que eu não posso mandar, as declarações que eu não posso fazer e a vida que não posso entregar Eu escrevo porque sem isso enlouqueceria.
Já bastou te perder uma vez, pelo menos dessa forma faço com que você viva em mim.
Escrevo porque me dói o coração de uma forma que não conseguiria explicar verbalmente, assim eu enterro em palavras tudo aquilo que ainda não morreu em mim.
Escrevo porque sinto tanto a sua falta, que a vida só falta escorrer entre os meus dedos.
Escrevo porque é tudo o que eu consigo fazer depois ter te visto ir embora com a certeza de que não voltaria jamais.

Na minha escrita cabem desabafos da minha alma, tudo aquilo que escondo dos olhos das pessoas, mas não do meu coração.
Eu preciso escrever para que as coisas não me sufoquem.
Não quero me afogar na dor da minha alma, nas paixões adormecidas, no amor não correspondido e nos traumas da vida.
É bom ter com quem conversar, mesmo que seja uma folha em branco.
Ela me compreende melhor do que qualquer analista, me faz ser abraçada melhor do que qualquer amigo.
É dessa forma que eu me sinto acolhida no mundo e capaz de mostrar que eu sou uma pessoa digna de alcançar a felicidade.
Escrevo porque é tudo o que consigo fazer agora que a vida me cobra tanto.

Existem coisas que eu queria demonstrar, mas não consigo.
Então escrevo porque acredito que essa seja a melhor forma de dar ao mundo um pedacinho de mim.
Eu gosto de entregar meu coração para o papel.
Sei que ele me dará algum retorno no fim do dia.
Sinto que estou completa quando boto tudo para fora, sinto que o mundo me abraça de alguma forma.
A vida nem sempre foi fácil, tampouco está ficando agora, então busco um refúgio em um canto que é só meu e permito que outras pessoas se identifiquem comigo.
Escrevo porque meu coração dói e as dores da vida precisam abandonar o meu peito para não explodirem aqui dentro de mim.

É preciso encontrar um modo de desabafar ou a alma enlouquece.
Eu escolhi a escrita, mas você pode escolher qualquer outro hábito.
Se a gente engole tudo, surta, implode e não segue adiante na vida.
Então é melhor deixar o coração no papel do que dilacerado, dentro da gente.
Com o tempo, vai ficando mais fácil organizar os pensamentos e, de dentro para fora, se aprende que as palavras têm um poder mais forte do que a gente imagina.
Desabafar sempre é o melhor a se fazer.
Nenhuma pessoa no mundo é tão sã a ponto de não precisar de algum tipo de ajuda para sobreviver.
A minha forma de cuidar de mim é escrever.
E a sua, você já conhece No caso de não ter nenhuma, a folha em branco pode sempre te ajudar.
Desabafe de alguma forma para que a sua vida seja mais tranquila.

Deixe a página em branco levar os seus problemas para bem longe.
Não permita que o seu coração acumule mágoas e sofrimento.
A escrita nos proporciona um contato maior com o que nós sentimos, porque é uma forma rápida de cura e autoconhecimento.
Escreva aquilo que você não ousa falar, deixe que a sua mente se esvazie de pensamentos negativos.
Nada nessa vida é mais poderoso do que as suas palavras.
Coloque no papel tudo aquilo que não cabe mais no seu coração.
Livre se da bagagem extra, deixe o peso para trás, siga em frente e comece a escrever novos capítulos na sua vida.
As páginas em branco te aguardam.

Fico tentando procurar meios de esvaziar o meu coração de tanto sofrimento.
Só a escrita me permite limpar os machucados que existem no fundo da minha alma.
Eu não entendi ao certo o que fazer com tantos sentimentos ocultos, mas sei preciso me libertar, colocar para fora, de algum jeito.
Escrevo porque meu coração sangra por causa de coisas que as pessoas não podem ou não querem saber.
Escrevo porque, fazendo isso, sei que me liberto daquilo que não posso esquecer rapidamente.
Dia após dia, deixo as minhas palavras serem meu refúgio, permito que as minhas dores se transformem em palavras, me liberto de tudo aquilo que o tempo não conseguiu apagar ainda.
Eu estou fazendo tudo o que posso para que as coisas mudem de dentro para fora.

Deixo as palavras me guiarem.
O tempo é meu melhor amigo e me ajuda a compreender melhor tudo aquilo que escrevo.
Em cada estrofe, deixo um pouco de mim.
A cada dia, sinto me menos solitária e mais certa de que posso superar qualquer coisa no mundo, caso eu possa escrever.
As minhas palavras nem sempre agradam e são tentativas de um coração desesperado se curar de toda dor que o amor causou.
Nem sempre a vida colaborou comigo, mas, por sorte, sempre tive a escrita para me ajudar a lidar com cada sofrimento.
Escrevo porque me dói o coração e é só por meio das palavras que consigo fazer com que a vida não seja tão cruel comigo.
As palavras me guiam pela escuridão, porque minha escrita se transforma em pontos de luz que iluminam o meu caminho.
Escrevo para cuidar do que existe de mais valioso em mim.

Eu vou colocar no papel tudo aquilo que não consigo falar, porque assim a minha vida se torna mais útil e sei que posso ajudar outras pessoas a se sentirem acolhidas nesse mundo insensível.
Assim como as canções têm o poder de ajudar as almas aflitas, as minhas palavras podem confortar quem precisa de um pouco de compreensão.
Escrevo para os solitários, para os apaixonados e para os incompreendidos.
Escrevo para pessoas que valorizam o que existe dentro do coração.
Posso nem sempre me fazer compreender por todas as pessoas, mas sei que se me compreendo melhor, a vida já vale a pena.
Quem escreve dá asas aos próprios sonhos em palavras que não se desfazem jamais.
Dedico minha escrita a todas as pessoas que, de alguma forma, se apaixonaram nessa vida, porque quem escreve não escolhe; a verdade é que sente e vive a escrita.

Cada palavra que demonstra o que sinto no meu coração é culpa do amor que não posso mais te entregar.
É tudo por você, tudo aquilo que me tornei depois que você partiu sem deixar dúvidas de que nosso amor não era capaz de tudo.
Eu escrevo para tentar te alcançar em algum lugar dentro de mim.
Quero sentir a sua presença nem que seja pela última vez.
Cada vez que coloco para fora o que se passa aqui dentro do meu coração, é como se a vida me desse uma nova chance de estar ao seu lado, de te dizer tudo o que guardei por tanto tempo em mim.
Te amar foi uma dádiva, mas desde que você partiu a única coisa que eu tenho são as palavras para me consolar porque você não vai voltar para mim.

Minha escrita é o conforto daqueles que se sentem sozinhos, inclusive eu, que tenho tantos sentimentos para dar e poucas pessoas para demonstrar.
Escrevo porque meu coração dói a cada vez que penso nos males do mundo, em como eu gostaria de poder contornar todos os problemas com as minhas palavras.
Eu sinto que nasci para isso: fazer com que as minhas palavras sejam úteis para alguém.
Eu quero que as pessoas escrevam tanto quanto eu, porque acho que essa é a melhor terapia que existe.
Se cada pessoa mantivesse um diário em casa, as coisas se organizariam mais facilmente em suas cabeças.
Se você está lendo isso, escreva, nem que seja uma vez por dia.
Deixe que seus sentimentos ganhem vida fora de você.

Preciso desapegar do passado, colocá lo para fora, jogar no lixo e nunca mais olhar para trás.
Eu preciso seguir em frente e só as palavras têm me ajudado.
Sem elas, eu continuaria perdida nas lembranças daquilo que já não existe aqui fora.
Eu escrevo para curar minha alma de todas as feridas que ainda sangram.
Eu escrevo para que o meu coração entenda que ele não tem culpa do que aconteceu.
Escrevo porque perdi um grande amor, porque me desfiz de alguns amigos, porque mudei mais do que poderia imaginar e não posso mais me prender ao passado.
Escrevo porque só as palavras nos libertam dos males da vida.

Eu precisava de uma fórmula para colocar os pedaços do meu coração e encontrei na escrita tudo o que procurava para que isso fosse possível.
Meu coração se partiu em tantos pedaços quando você me abandonou, que seria impossível me recuperar se eu não começasse a falar tudo aquilo que eu estava sentindo.
Eu procurei alguns amigos para desabafar, mas ninguém mais queria ouvir sobre você.
Foi assim que decidi escrever.
E, bem, essa foi a melhor escolha que eu fiz na vida.
Ainda sinto a sua falta, mas não me sinto mais sozinha porque sempre terei as minhas palavras para me guiar.
Eu aprendi a encontrar dentro de mim o abrigo que achei que só existia em você.
Graças ao poder da minha escrita, hoje me sinto completa.

Tentei seguir a minha vida sem olhar para trás, mas percebi que precisava enterrar o meu passado antes de seguir em frente, arrastando o arrastando pelo caminho.
Sei que tenho uma longa estrada a trilhar, mas graças às minhas palavras fica mais fácil saber o que eu quero ou não para a minha vida.
Com o tempo, vou aprendendo sobre mim, sobre o que precisei viver para chegar até aqui e não desanimar.
Vou deixando meus escritos serem memórias daquilo que eu já enfrentei.
Nada parece maior do que a força que existe nas minhas palavras.
Escrevendo, me reinventei.
Agora, cada passo que eu dou é como uma folha em branco que eu posso preencher com tudo aquilo que sempre sonhei.

Dia após dia, escrevo para que a vida fique menos cinza.
Deixo que minha escrita tire de dentro de mim tudo aquilo que eu não suporto mais sentir.
A folha em branco me faz limpar a alma de tudo aquilo que já não pode mais me afetar em vida.
Eu preciso seguir em frente e sei que o único meio disso funcionar é colocar tudo para fora, de alguma forma.
Eu não quero mais saber das dores; quero me libertar, quero que tudo seja claro e limpo como um dia ensolarado.
Deixarei cada angústia nas palavras e começarei uma página em branco dentro de mim, porque estou pronta para escrever uma nova história e dessa vez eu quero um final feliz.