Epígrafes sobre Marinheiro

O poeta é um marinheiro que parte à aventura e regressa sempre inteiro.

Nem sempre um mar revolto pode fazer bons marinheiros, mar revolto também gera revoltas.

Depois de todo companherismo, no final o marinheiro foi deixado para trás, esquecido e a deriva, a desculpa o bote era pequeno demais não tinha espaço para mais um.
Cuidado muitas vezes tua dedicação e fidelidade não seram valorizadas no final.

No mar dos seus olhos
sou apenas
marinheiro de primeira viaje.

Não sou marinheiro tão pouco mergulhador mas me afoguei nessa droga de amor

Navegar em águas turbulentas é audácia para corajoso marinheiro, em águas calmas navega o mareante rotineiro.

Navegar
em mar azul
É também uma forma
de sonhar
Ali vão sonhos
Contando as ondas.
Enfrentando as marés.
Ali existem marinheiros,
carregados de amor
Em busca de um
porto seguro!
Para que possam atracar!!

As Vezes, são necessários os ventos em alto mar, para saber se a pessoa é um capitão que sabe velejar, ou se é ainda, um marinheiro de primeira viagem.

Ora bem, uma agulha encalhada num viciante
arbusto no momento em que vai começar a cair
representa nada mais que psicológicas represálias
em guerra com as aveludadas lagoas coladas ao aço
de teus nervos alcoviteiros.
Tão transparente como morderes os ramos dos
arbustos e apaixonares te p’lo seu interior
comovedor.

Visto me na colónia do medo
porque já nada sei ser senão medo desmembrado
com a sensação presa de me aprofundar
num remoinho golpeante
p’los vidros em derramamentos que me tocam
até aluar escarpas em lágrimas mil
Quando será que vou poder tactear
a infância para descalço brincar
Tenho tantos medos
quanto medos!

Foste abatida por flocos de perfume branco porque
te deixaste ir à deriva das rupturas combatidas p’los lábios
de granizo no franzido céu.
Não tive outra chance senão
aprender com torpor a fácil arte de estudar a luz de todos os cometas,
subterfúgio do meu vivo crime!
Ó, novíssimo crime!

Toco na harmonia do suspenso caminho
sei me lamento pasmo rolado
em erupção paralisante.
Um passageiro muito só
que cai, desequilibra se
no esquecimento indiferente.
É terrível não dar mesmo
encontro de mim.
Perco me num denso escuro sombrio
onde as visões
que sublinho fatigado,
picam a esquecível memória
donde parto.

Para o marinheiro, há algo mais perigoso do que o canto da sereia.
O silêncio é pior para aquele que conhece demasiadamente bem o caminho, já que seu rumo se torna previsível e ele pode dormir, fazendo o navio encalhar.

Por quantos mares bravios precisa um marinheiro navegar para descobrir a si próprio Sete mares nunca serão suficientes
Por quantas mortes trágicas precisa um doce poeta passar para saber que no final, o realmente valeu a pena foi a beleza da tragédia leviana e desnecessária sete vidas jamais bastarão

Deixo Sinais
Toque suave.
Nas águas,
deliciosas do mar.
Cheiro de marinheiro.
Pensamento que voa!
Coração que bate forte.
O sinto!
O quero
e deixo sinais,
nas águas salgadas
do mar.
Sei que elas, vão
a ele.
São cheiros de mim.
Assim!!
Impregnando as ondas,
para até ele me levar