Pus me em cima duma coagulada faca p’la ideia de
colher a verdade p’ra lá da aberta janela em que
a voragem colhe comigo os mimos dum fatal paraíso
tropical.
morre neve lá fora como uma espécie de absorvente
barro, no entanto, se eu estivesse no decurso da
cor do adro faria me rosa pérola glaciar.
Ouço cântaros a darem gargalhadas enquanto anéis
em ruído fincam se nos violinos calados.
Nada
real acentuará ser isto, lógico que a poeira que
piso desamarrará tal malha com isco.
A
civilização é clandestinamente isto.
A escada estremece, os náuticos sinos no quebra mar arrefecem,
o nevado sol ingere cintilados humanos olhos, e a PAIXÃO aparece.
Nem
sequer
me
ocorre
a
ideia
de
cerrar
os
olhos
e
não
rodopiar
veemente
com
a
INFELICIDADE.
Talvez
depois
de
ontem
salude
a
bela
FELICIDADE.
Piso o creme
polar da estrela
com meus lábios
e encontro o manejo
das novas músicas à chuva
que me guiarão
ao significado
de ser se maestro
A minha cabeça pensa em todas as cabeças é sombriamente
todas as outras cabeças, entranham se, entram umas nas
outras, na minha! – inquieto me, estremeço, esmago me,
imortalizo me tornando vidente tudo o que mexe
Uma vez
atei lençóis ferrugentos
aos membros lisos
da claridade daquele céu tatuado,
como deslizava lasso ao longo
da corrente sanguínea
de um qualquer envenenamento.
Após sobrepostas vibrações
retalharem a sombra da minha fechadura.
São terríveis os afectos.
Olho a linha
que espia a retina do mar
espero, espero, espero
e de tanto esperar em vão
um dia tarde demais
descobri que na escrituras
dos rebentos das ondas
estava escrito
que à nascença tinha sido
condenado pois
alma alguma me irá amar