Realizar aquilo que as pessoas esperam que você faça deve ser bem mais simples.
eu não sei, eu não faço isso.
e não faço não porque não quero, não faço porque não consigo.
Socorro.
E então eu percebo que meus compromissos nada mais são que tic tacs de relógio.
Nas doze badaladas eu é que viro abóbora
Na verdade, não é o passar do tempo que me preocupa e, sim, o que eu estou fazendo com ele.
Era o terceiro toque do despertador.
Atrasada.
A calça jeans estava na cadeira
A blusa na gaveta, era a primeira
Um banho de 15 minutos foi suficiente.
Sem maquiagem, sem perfume.
Sim, eu devia ter ficado em silêncio
e entendo esse meu problema em não saber lidar com as pessoas porque, simplesmente,
eu fiquei em silêncio.
Porque não gosto que me julguem.
Porque não gosto de prisões.
Porque me sinto independente pra querer qualquer dependência, mesmo que mínima, mesmo que nula.
Eu ainda prefiro o silêncio.
Quando soube da festa, aquela festa, ela pensou que seria a data perfeita.
Moldada nos padrões contos de fadas e romances de banca, ela era o não querendo sim.
Acima do peso, abaixo dos padrões.
Meio pudor, mero amor.
E aí me surge o medo.
O medo dessas pessoas que andam entre plataformas de trem e metrô sendo sociais em suas telas de celular e tentando fugir de qualquer olhar que seus olhos possam esbarrar.