Somos românticos demais, como naqueles filmes de amor em que o casal se apaixona e vive feliz para sempre.
É assim nossa vida, total sintonia, uma coisa sem explicação.
Eu, a mocinha mais medrosa de toda a história do cinema, consegui me entregar ao amor.
E você, o Dom Juan da minha trama, se envolveu plenamente nessa louca paixão que, mesmo depois de anos, ainda tira o nosso fôlego e faz pulsar mais rápido o coração.
Falo do nosso amor e posso sentir aquela mesma brisa tocar meu rosto e a lágrima quente cair sobre meu rosto frio na primeira vez em que nos amamos.
Parecia cena de Hollywood, nós dois ali, entregues à paixão que só fazia dominar mais e mais os nossos corações.
Somente o amor, o seu amor, o nosso amor me faz feliz.
Somente quando nos envolvemos em abraços demorados, frases soltas, carinho que percorre o corpo todo e pensamentos que elevam o nosso querer é que me sinto em paz.
Parece coisa de cinema, eu sei, mas é a mais pura verdade.
Me apaixonei por ti como acontece nos filmes em que a mocinha esbarra sem querer no mocinho e, por meio de um olhar, a conexão do amor passa a acontecer em dois corações simultaneamente, sem que haja a necessidade de trocar uma só palavra.
Quando o nosso coração é partido uma vez que seja, parece que o nosso roteiro chega ao fim.
Mas, como as curvas do cinema, o momento da reviravolta acontece também na vida real, e ele é perfeito.
Nesse caso, nos dá a chance de sermos felizes mais uma vez.
O amor está no ar, no ar que nós respiramos! E, de um jeito bem romântico, acalma o meu viver.
Toda vez que estamos juntos, meu coração dispara bobo, meus olhos se enchem de emoção e eu fico igual a uma mocinha de filme, que só sabe meter os pés pelas mãos.
O vento sopra detalhes de coisas que já vivemos e faz me lembrar do quanto fomos e ainda somos felizes, do par romântico que interpretamos na vida real e das tantas histórias que teremos para contar aos nossos netos.
Para mim, a coisa mais especial do mundo é quando chegamos em casa e podemos ser nós dois, apenas nós, do nosso jeito torto, outra vez.
É dividir aquela rotina que é tida como chata nos filmes, mas que me derrete toda por eu poder vivê la da maneira mais mágica de todas: com muito amor.