Entre tantos altos e baixos consigo tirar um sorriso da cartola.
A vida segue conforme está escrito.
Mas a caneta do livre arbítrio sou eu quem escrevo.
A decisão está em minhas mãos
Vou por o nome do meu filho de Agenor pra ver se ele nasce como Cazuza ou Cartola.
Caso contrário, será só um pobre coitado com o nome feio.
Não tem mais volta
Aprendiz de Cartola, eu falei com flores mortas
Tô conquistando o mundo
Mas toda conquista tem um sabor de derrota
O que eu sofri por esse amor, talvez
Não compreendeste e se eu disser não crês
Depois de derramado, ainda soluçando
Tornei me alegre, estou cantando
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos.
Vai reduzir as ilusões a pó
Queixo me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés