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Cartas de Amor para Marido

Carta de amor I
Nada teu invoca tédio, desprezo ou insensibilidade.
Será que meu amor, este sim, invoca devaneio ou sensibilidade demais
À tona esse sentimento nutre se de emoções, à flor da pele, agarrando me de maneira tão absurda que custo a acreditar que nele estejam contidas incertezas ou divagações.
A pele é parte permanente dos sentidos, aliás daquele que nos torna vulneráveis a todas as emoções imediatas.
Tão irremediavelmente instantâneas que caímos na armadilha de tê las como certas, verdadeiras, implacáveis.
Não, não estou perdida.
Tenho, certamente, discernimento que me permite separar a loucura da realidade.
Tu és pele, espírito e entusiasmo.
Apesar de não acreditares, tais sentimentos, tão jovens, contêm tanta responsabilidade!
Nem sempre a vida nos mostra o óbvio.
Esconde cruelmente os elementos necessários à libertação da alma que, solitária, agora tem nova alegria de viver.
Não me baste apenas
Outrossim, faça me bastar te
Depositando em mim sua vontade de sorrir, surpreender e alcançar objetivos tão reais quanto meu amor por ti.
Não tenho porque esconder meus anseios mais profundos.
Eles evaporam feito orvalho, sobem aos céus e lá encontram aliados à minha vontade.
Unem se, por osmose, ao vento que tem poder de levar te toda a pulsação de minh´alma.
A definição disso tudo está encoberta temo não poder revelá la.
Mesmo que quisesse.
Sua forma é invisível a olhos incrédulos.
Apenas se olhares com suscetibilidade poderás, quem sabe, notar a riqueza de sentidos e suas infindáveis variações.
Não tentes se estiveres duro.
Conseguirás destruir toda a magia
De fato, quem destruirás será a beleza refletida em teu olhar
Quando percebo tua alma apossando se dos meus olhos.
Faça me feliz, de maneira que não possa enxergar o mundo frio que nos cerca, ou pelo menos, desprezá lo por alguns instantes.
A felicidade que me proporcionas é tão intensa que temo tê la como alucinação.
Mas, se assim fosse, não seria felicidade e sim delírios de quem está à beira de súbita morte.
E morte não é vida É silêncio.
E ele não consegue apoderar se, definitivamente, de meus desejos.
Quero gritar aos quatro ventos o quanto me fazes viva.
Morte seria válida se estivesse, sob condição sine qua non, atrelada à vida que sinto estando ao teu lado.

Carta à paixão
Quando olho para ti com os olhos não mais apaixonados, vejo a mesma pessoa, com as mesmas roupas, com os mesmos costumes Até aquele antigo perfume, único, que me aguçava o olfato, tornou se comum.
Sua voz, seu jeito de me tocar era tão únicos que naquele exato momento tudo se estagnava, tudo centralizava, tudo reiniciava! Cadê aquele momento Foi se! Deixou saudade! Não saudade de você, mas daqueles sinceros sentimentos que me faziam perceber o quanto sou capaz de amar alguém.
Eu te amei! Talvez um amor maior que você, maior que a mim, maior que o tempo, maior que meu orgulho, maior que seu medo de deixar se amar.
Não há arrependimentos, não há raiva, e também não há mais aquela fervorosa paixão.
Ainda te amo! Pode ser que o ame por toda vida! Só não quero apossa me de ti! Isso é a liberdade! Dou te a liberdade! A liberdade também é um ato de amor! A paixão é perspicaz.
Com ela, ficamos espertos, qualquer instante é favorável para estar perto da pessoa amada.
Aguardamos ocasiões com a paciência de quem um dia conquistará o maior troféu: sua presença.
Não há necessidade de te tocar para perceber que o beijava com meu olhar.
Você notava! Sei que notava! Não conseguimos deixar escapar um olhar apaixonado da pessoa enamorada.
Tentei esconder de todos, ninguém percebeu! Mas você sim! Guardei esse amor, assim como guardei os antigos amores e aguardarei os futuros.
Sou uma pessoa amante e itinerante! Não sei se amaria somente uma pessoa, no entanto, eu te amei!

Carta de um ex apaixonado
Imune dos teus ataques estou.
O conjunto formativo do meu ser criou um escudo imbatível.
Ele responsabilizou se a proteger me.
Em algumas ocasiões posso aparentar ser frio, mas esta é apenas uma resposta automática do meu corpo que visa evitar recaídas.
O amor, próprio e para com os outros, ainda se encontra no meu interior.
O fato de você me ignorar já não me faz sofrer noites de ansiedade, meus pés não soam demasiadamente, como antes, a espera de uma resposta sua.
Sua frieza já não me arranca lágrimas.
A sua ausência deixou de me causar dores internas.
Meu corpo aprendeu a comportar se no mundo sem o seu do lado.
Você trouxe a mim outra concepção do uso do amor para com indivíduos frios.
Deixei de me portar como quando me conhecera.
Pensava eu que aqueles incapazes de corresponder um amor e/ou exageradamente insensíveis não carecessem de amor.
Todavia eu estava equivocado, eles necessitam muito mais de amor que os demais, eles não sabem o que é esse sentimento, estão estagnados às geleiras contidas em suas almas, desconhecem o calor e a vivacidade proporcionados pelo amor.
Mesmo após ter a ciência que você precisava extraordinariamente de amor, ainda assim, eu decidi afastar me de você.
Cresci enquanto habitante deste mundo de errantes.
É natural procurar seres evoluídos quando nos elevamos como ser humano.
Cansei de transbordar amor pelos poros e permitir percorrer sentimentos benévolos pelo meu corpo aos inaptos a corresponder tamanha magnificência.
Ignorar não faz parte de mim, ainda lhe tratarei como alguém valioso.
Porém você jamais terá o que um dia fora capaz de receber da minha pessoa.