Sentimos falta de quem ocupou um lugar dentro do coração.
A saudade diz o nome de quem nos faz falta e não pode ser substituído, pois continua a ocupar uma cadeira fixa na mesa de nossas memórias.
Causar dor a si mesmo nem sempre é um mau sinal, é também um alerta, uma oportunidade de aprendizado.
É difícil medir o impacto que causamos às pessoas a quem nos relacionamos, até que descobrimos o quanto podemos machucá los.
A dor não é um castigo para quem falhou, é um aviso de riscos maiores a quem for teimoso e insistir em continuar.
Quando começamos a ter dificuldade de respirar, andando de bicicleta ou em relacionamentos, podemos procurar ajuda.
É como um treino de musculação, no começo você não aguenta muito esforço.
A dor mostra qual é o seu limite atual, e com o tempo vai se distanciando, enquanto ganhamos musculatura.
Há quem sinta dor por que escolhe isso.
Pode ser um ato inconsciente, de quem prefere não prestar atenção ao que está acontecendo, mas a dor aumentará até o momento em que não puder ser mais ignorada.
Existem muitos tipos de dores.
A cabeça que pesa em decisões difíceis, o coração que aperta no desespero, a perna que bambeia frente a ameaças, o medo que palpita quando encaramos o desconhecido.
Enxergue onde dói e conheça a si mesmo.
Faz parte da vida se expor ao mundo e aprender a manter o equilíbrio entre nós e o ambiente que nos cerca.
Quando fechamos os olhos ao que está à volta, podemos tropeçar e perceber que dependemos de algumas coisas que não podemos controlar.
Algumas chegam a deixar cicatrizes, outras causam sustos que quase podemos tocar, de tão forte que é a marca deixada nos pensamentos.
As lições de nossas falhas são difíceis de esquecer, quando a dor deixa claro os riscos envolvidos.
Como o sol na praia, o ferro de passar roupas ou uma travessa que acabou de sair do forno.
Quem já se queimou tem os sentidos mais apurados para a mudança de temperatura e se protege adequadamente.
As pedras em uma trilha na mata e os problemas em um novo emprego não são apenas metáforas.
A dor que sentimos em um novo caminho podem anunciar questões que precisam ser reavaliadas em nossas decisões.
É preciso se sentir confortável em relacionamentos, como em sapatos.
Não insista sabendo que vai machucar os pés, saiba desapegar e procure onde caiba por inteiro e sem aperto.
Vá além da dor momentânea e olhe para o que causou aquilo.
A situação pode ser evitada no futuro e podemos escolher o remédio certo para tirar a ardência da pele e curar as feridas da alma.
A dor não deixa espaço para dúvidas e força a encarar a verdade.
A bailarina que aterrissa após um belo salto sabe quando apresentou os movimentos corretos pela dor que sente ao tocar o chão.