Imaginária serenata
Vejo te passando
por aquela rua
mais aquele amigo
que encontraram morto.
E pergunto quando
poderei ser tua,
se vens ter comigo,
de tão negro porto.
Ah, quem põe cadeias
também nos meus braços
Quem minha alma assombra
com tanto perigo
Em sonho rodeias
meus ocultos passos.
Ouve a tua sombra
o que, longe, digo
Vejo te na igreja,
vejo te na ponte,
vejo te na sala
Todo o meu castigo
é que não me veja,
também, no horizonte.
Que ouça a tua fala
sem me ver contigo.
Na minha janela,
pousa a luz da lua.
lá não mais consigo
descanso em meu sono.
Pela noite bela, o amor continua.
Deita me consigo
aos pés do seu dono.