Para o dia da lembrança eu trago todo o meu coração – ele é cheio delas.
Umas boas, outras nem tanto, mas todas sempre muito bem lembradas por mim, que sou a própria nostalgia em pessoa.
Quando dou por mim, estou vivendo novos capítulos, mas nunca me desapegando dos antigos.
Com o tempo, eu só juntei mais saudades, mais nostalgia e momentos bons.
Quando estou triste, retomo minha memória a um lugar distante onde fui feliz.
Mesmo que eu não consiga reviver essa época, já fico alegre pela minha trajetória.
A saudade vem de repente e me faz lembrar de um tempo bom, das aventuras vividas, das tantas gargalhadas sem fim.
Meu peito até pulsa mais rápido querendo voltar, mas não dá.
Agora são apenas lembranças que serão levadas pela vida inteira.
Ninguém disse que seria fácil lidar com a saudade, mas mesmo assim eu optei por viver o melhor de mim, mesmo que esses momentos não pudessem ser eternizados em parte alguma além da minha memória.
Agora vivo a recorrer ao passado em minha mente para não deixar morrer o melhor de mim.
A saudade é um vazio enorme, de tudo um pouco, que de tanta falta no peito, abre uma tristeza no olhar.
Toda vez que sinto falta de algo, é porque ele me fez bem e por eu não poder reviver, me calo.
Às vezes choro, mas é por não conseguir conter esse vazio que ficou em mim.
Eu não sei como as pessoas lidam tão bem com as lembranças, porque eu caio em lágrimas.
Fico triste, sinto um vazio enorme no peito e nada do que eu faça minimiza essa dor.
É algo que não sei explicar, somente sentir.
São só lembranças, mas todas me geram uma tristeza.
São apenas momentos passados, dos quais eu preciso desapegar, mas não dá.
Para mim, o dia da lembrança é o sinônimo de saudade eterna, tanto dos momentos que se foram como das pessoas queridas.