A indiferença machuca o coração, sem que haja uma real necessidade para isso.
Todos os problemas podem ser resolvidos de forma honrosa, e ferir os sentimentos do outro por vontade é desejar ser criminoso e agir fora da compaixão humana.
Aquele que opta por nada fazer e vive na indiferença para com o próximo provê ar para os pulmões da maldade, que age livremente no mundo espalhando o que há de pior no cerne da humanidade.
O desinteressado, muitas vezes, desconhece o que se passa ao redor, pois não faz esforço para tal.
No entanto, aquele que prolifera sua indiferença opta por negligenciar quadros que deveria mudar, e permite a queda de tudo que poderia se elevar pelo mínimo de esforço em se importar.
O ódio pode não ser o maior inimigo do amor, como muitos tendem a pensar, e talvez seja apenas amor distorcido pelos acasos da vida.
Porém, em um ambiente onde reina a indiferença, o amor nunca consegue se manter, pois nesse local habita a vontade de que o bem se dissipe.
As piores concepções sociais nascem da indiferença e isso deve ser combatido.
O ódio não é o que permite a proliferação do mal.
Com a ideia de virar o rosto para o que acontece, fomenta se força para o preconceito de diversas formas.
Muitas pessoas que sofreram com a indiferença durante a formação de sua vida e caráter, em algum momento, têm vontade de se vingar daquilo que a sociedade as fizeram passar.
Nesse instante, o mal se concretiza novamente no mundo.
Nem mesmo os maiores mecanismos de tortura são capazes de ferir tão profundamente o ser humano quanto a indiferença.
Enquanto facas e revólveres machucam a carne, a indiferença fere fatalmente o coração.
O mundo precisa de amor para ser um combustível inesgotável que fortalece os laços de carinho entre todos.
A indiferença corrompe as fontes de bons sentimentos e faz com que a chama do amor exista cada vez mais baixa.
Pessoas de mente pequena vivem a atrelar responsabilidades do fracasso da humanidade nas diferenças entre os homens.
Afirmam que o mal está na cor da pele ou na preferência de gênero, mas o mal real que fere a todos está na indiferença com que tratamos os reais problemas.
A guerra não precisa ser algo generalizado e regado à pólvora.
Ela começa na indiferença que as pessoas se tratam, abrindo feridas que não podem ser fechadas e que por consequência fazem o ódio se manifestar na realidade comum a todos.
Não há motivo real para que continuemos a nos ferir com tanta indiferença, as boas ações nunca devem sucumbir para um sentimento tão vil.
Pensemos mais em como gostaríamos de ser tratados para que possamos fazer o bem e receber de volta.
A indiferença pode não ser a causadora da morte do corpo, mas ela destrói algo mais importante, que é a nossa alma.
Ela também acaba com o ser humano, que é consumido pelo negativismo interno, externo, rancor e ódio.
O ser humano acha que, muitas vezes, está sendo imparcial, quando na verdade está sendo indiferente.
Faça um exame de consciência para saber em qual bloco está.
Uma dica é saber se aquilo que deixa de fazer tem objetivo de levar o outro ao sofrimento.