Só pensando:
É tanta coisa bonita
que a gente vê nessa estrada da vida.
Tanta coisa que a gente inventa de ver
tanta coisa que a gente acredita.
Tanta coisa bacana acontece
nessa minha vida cigana,
(Minh'alma cigana)
que sonho e pretendo livre,
mas não leio destinos
porque cada um é apenas o que vive.
Uns gostam de planejar,
uns gostam de se jogar,
uns preferem sorrir
outros preferem chorar.
Dizer quem está certo ou errado
é algo muito inusitado:
o julgamento é, decerto,
o comportamento menos acertado.
Confio, me dedico
e ponho um pouco de arte
no que me reservou a sorte.
Rio e choro, choro e rio, imenso,
as vezes um "mar"
porque tudo em mim soa assim, intenso.
Tudo passa nessa vida,
é frase das mais ouvidas
mas, de tudo que passou,
eu valorizo mais é o que fica.
Cicatrizes, reconstruo em tatuagens,
porque guardar dor é muita sacanagem.
O que fica não quero apagar,
nunca duvidei
Pode ser que volte um dia
nessa ou numa próxima viagem
Dizer, não sei.
Saindo dessa mesma estação,
o trem da vida já passou
e pode ser que vai passar ainda,
numa outra encarnação.
De mim, eu digo que me libertei.
Não escondo as rosas, flores
E nem os frutos que conquistei.
Deles eu provo: aprovo ou nego
e, dependendo do momento,
eu fujo ou eu me entrego.
Nenhuma culpa carrego comigo,
também meu ego não dá sinal de troféu;
na minha cabeça não cabe mais
caraminholas escondidas
por debaixo do chapéu.
Vivida vida ida.
Vai.
Benvinda, ainda, vida.
Vem.