Nada no mundo me convence do acerto
Se dentro de mim mora a dúvida;
Nada no mundo me convence do erro
Se dentro de mim mora a certeza.
Por mais que eu saiba sobre o caminho,
só mesmo andando pela estrada
posso colher meus próprios frutos.
Cítricos, tento adoçá los;
Doces, saboreio sem pudor.
O tempo certo de cada um me dá a magia do sabor.
Fruta de vez é insossa,
Fruta no chão é passada.
Ando sem pressa,
sigo em frente ou paro por um tempo;
retorno, se for preciso.
Percorrerei, eu mesma
e quantas vezes precisar,
a estrada pro grande encontro;
Andarei com meus pés,
Criarei meus calos.
Lá na frente,
que pode ser no próximo segundo,
Não temerei olhar pra trás.
Lá na frente,
que pode ser no próximo segundo,
Eu poderei afirmar: eu venci.
Porque o tempo
"o tempo não para".