Wallace Neres

Doce lembrança
Tire me daqui o pão, o vinho, a água
Tire me já.
Tire me então o que não há.
Tire me, se possível, o que virá.
Tirem me conclusões,
Interrogações
E serafins.
Tapam me o ar,
Os olhos,
Ouvidos,
E a boca.
Tranquem me no escuro,
Sozinho
Saia e leve tudo o que me resta,
Mas permita que eu mantenha em mim
A doce lembrança de um sorriso único
Permita me passar horas a fio amando o
Amando a
Linda mulata, tens o mais belo de todos os sorrisos.
Trás consigo um poder irradiante de serenidade e paz
Tens por trás segredos indecifráveis,
Mistérios, silêncios, tristezas Amor.
Oh bela minha bela, não te entristeças.
Seria uma tragédia se isso acontecesse.
Eis que abro mão de tudo que me resta,
Para que assim continues sorrindo.

Cuido do meu amor
Já não consigo mais esconder,
Esse amor que vem de você.
Não vou fingir que tudo é mentira,
Se a verdade está estampada em mim.
Não negarei o amor,
Gritarei aos quatro ventos que te amo,
E que te quero loucamente,
E que você será minha,
Em um novo amanhecer.
Que venha sorrateiramente,
Mansa e tranqüila.
Para que aproveitemos essa viagem,
Que é a passagem por essa vida.
E nessa vida nada é meu,
Apenas o amor, pois que é um patrimônio.
E a ele tenho todo cuidado,
Pois tem que ser lapidado,
Como um diamante bruto.
É assim que eu lhe tenho,
Com cuidado e atenção.
E vivendo nesse mundo de sonhos,
Continuo a tê la em meu coração.

Presente Poético
Deus me deu a luz da criação
Com ele eu invento histórias,
Crio versos, reviro do avesso,
Formo poesias e brinco com elas
Deus me deu uma graça irreconhecível de ser feliz,
De viver a vida sorrindo
Mostrando que tudo é belo
Para que nessa beleza toda, vivamos felizes
Deus me deu muito amor,
Para amar a todos,
Sem miséria e retraições
E por isso sou feliz,
Por ter amigos como paixões
Deus me deu a fé,
Foi deus que me deu a vida
Foi deus que me tudo,
Deus me deu até o que eu não queria,
Mas agradeço todo o dia
Por ele ter me dado de presente, esta poesia!

Deus dos sentimentos
Amor
Deus de todos os sentimentos,
Senhor dos espíritos,
Comandante das almas frágeis,
Forte guerreiro!
Amor
Amante oculto,
Plantado no infinito de todos,
No entanto, descoberto ainda por poucos!
Amor
Sentimento de absoluto.
Hora incerto,
Hora injusto
Amor
Amante dele mesmo
Sobrevive com a força do tempo.
Amor, amante da vida,
E de nós mesmos!

Dor, Ódio e Sofrimento.
Preencho essa folha em branco com minhas tristes palavras,
Meus pensamentos, desejos, sofrimento.
Despejo nela tudo aquilo que sinto no momento
E nesse momento sinto uma enorme dor,
Um pouco de ódio e um tanto de sofrimento.
Minhas tristes palavras vão preenchendo esse livro.
Meu sofrimento me matou, mas, ainda continuo vivo.
Preferia ter morrido, a viver sem vc comigo.
Nada mais pra mim tem sentido,
só me resta agora sentar e escrever em meu livro.
Não vou me desesperar nem lhe matar em meu coração,
Porque o amor que eu sinto fala mais alto.
Espero que um dia reconheça seu erro,
Espero também que me ame enfim,
Para que acabe com essa minha infinita dor, ódio e sofrimento.

Conseqüências do amor
É tão fácil pro ser humano dizer “Te amo”
Sem saber as conseqüências do amor.
Tão perigoso é dizer “Te amo” sem ao menos amar.
Mesmo assim, eles insistem em ressaltar tal fala.
Para dizer “Te amo”, antes, tens que amar,
É preciso senti lo, demonstrá lo e então só depois pronunciá lo.
Dizer “Te amo” sem amor é ficar enganado pelo verbo amar.
Sem saber o erro que acabara de cometer e
Continua a “mentir” pra si mesmo e então vive triste sem saber por quê.
Mas quando o “Te amo” sai com sinceridade, segurança e beleza,
Tudo fica belo e cheio de carinho que nessa hora é compartilhado,
E nessa troca de amor, ninguém sai ferido e sim amado.
Sinta a beleza do amor e se deixe levar por ele,
Que talvez mais tarde você seja o ser amante,
Então espero que seja um amor semelhante.
Tenho segurança do que vos digo,
Pois em mim o amor prevalece impulsivo.
Falar de amor é extremamente fácil,
Quando você o tem no coração e na alma.
E talvez palavras apenas não bastem
Para expressar tamanho carinho,
Mas um amor sincero, Sim!

Finalmente encontrei o Amor
Ou seria ao contrário
O Amor me encontrou e eu o encontrei
E as duas coisas amorosamente se coincidem e se enlaçam
Formando um grande e inexplicável sentimento.
De repente um outro ser entra nesse sentimento
Um ser ímpar, inigualável, indiferente
Misturou se formando um novo sentimento a que chamamos de paixão.
Agora não tenho pra onde ir,
Hoje, o mesmo me prende e me consome.
Vivo só pra que esse sentimento continue existindo,
Não quero que acabe de repente,
Apenas que seja infinito enquanto durar
Para os que lerem esse poema
Que fique bem claro
Que o amor não é pra se explicar e sim pra Senti lo,
Porque o amor por si se explica e se faz verdade

Minha mesmice
O tempo passou,
Tudo mudou,
Mas eu não mudei!
Continuo na minha mesmice
Olhem pra mim:
O mesmo WALLACE de sempre,
O mesmo cabelo,
O mesmo corpo,
O mesmo olhar,
Os mesmos motivos,
Mesmas lágrimas,
O mesmo sorriso,
A mesma voz,
Os mesmos sentimentos,
A mesma agenda telefônica,
A mesma vida
Enfim,
O mesmo velho WALLACE!
E eu me julgando extremamente
diferente de mim mesmo,
Tão cheio de mim
PAREMOS JÁ!
Afinal, sou eu o responsável!

Sonho de voar
É manhã, e já vou observando os pássaros,
Que por mim sobrevoam,
Admiro os, e reflito:
Quanta leveza em viajar.
O bater das asas é leve,
O pouso, tamanha leveza.
O cantar é calmo e singelo,
O vou é silencioso de beleza.
Vejo que os pássaros,
São seres inigualáveis,
Queria voar com eles.
Com esses seres tão amáveis
Em outra vida fui um pássaro,
Leve e sonhador.
Que sempre sonhou em ser livre,
Dessa tal coisa chamada amor.
Voei pra bem longe
Pra me afastar do mundo.
Voei por entre os montes.
Perdendo me a cada segundo.
Voltei pra este mundo,
Onde pássaro já não era.
Acordei de um sono profundo,
Que é voar na primavera.

Tenho Saudades!
Pensei que fosse forte, mas acontece que não sou, sou tão frágil quanto aparento ser
Pensei que feliz eu fosse, mas, descobri que não era: Pra felicidade há muita gente a espera.
Decidido Antes fosse, estou indeciso enquanto a vida; indeciso estou quanto a mim, tenho saudades!
Pensei que eu pensasse agora não penso, estou suspenso daquilo que antes raciocinasse.

Sempre amei seu sorriso, seus olhos sempre foi uma fonte de deleite onde lambuzei minh'alma.
Teus saudosos braços sempre foi um imenso cais onde atraquei o sentimento mais lindo e mais sublime, amor.

Olhares
Algumas pessoas me vêem como eu sou,
Outras me vêem como querem
Umas me olham com amor,
E eu as olho simplesmente.
O importante é que as mesmas me olhem,
E que todas tirem suas conclusões
Percebo coisas ocultas nos olhares,
As pessoas não me dizem uma palavra,
Mas, os seus olhos ociosos transmitem
Tudo aquilo escondido
E que não pode ser dito sobre mim.
E, no entanto eu não me oponho sobre isso!
Palavras não me bastam,
Mas um simples olhar sim.
Um olhar simples, sincero,
Profundo e cheio de verdade
Olhares me impressionam,
Pela sua forma natural,
E seus significados
Enfim, olhares são olhares,
E tudo neles cabe.

Por que desapareceu
Aonde foi o amor
Que saiu de mim,
E nunca mais voltou!
Por onde anda o amor
Que de mim se escondeu
Coitado do amor,
Ele também se perdeu.
O amor morreu
Não, não
Enfraqueceu!
Não tem mais forças
Pra enfrentar as tristezas
Desse mundo meu!
O amor emudeceu
Faleceu,
Sumiu,
Desapareceu
É desesperador saber
Que o amor, no entanto,
Não é meu
Por que foste embora
Por que desapareceu
Desesperado, talvez
Mas nem tudo está perdido,
Porque um amanhecer já vem,
E com ele vem vindo,
Um outro amor também!

Dor medíocre
Vou fingir que te esqueci,
Pra enganar meu coração.
Não sei se me convenci,
O que é a dor da paixão.
A dor que sinto é de abandono,
Pois você outrora me abandou.
E eu fiquei a lhe esperar,
Sem ter o que fazer.
O tempo não é suficiente para curar,
Essa dor medíocre que está a me machucar.
É difícil de suportar.
Então, vou fugir para o triste mar.
Não adianta mais fingir,
Já não consigo enganar o coração.
Para enganá lo antes tenho que enganar a mim.
Então, prefiro sair por ai.
A dor é incurável.
O amor inevitável.
A tristeza incontestável.
E a solidão mera opção.

Intocável
Quero aquilo que desconheço,
Quero tudo o que mereço,
E o que não mereço também desejo
Mas, não quero aquilo que vejo.
Quero aquilo que não posso tocar,
O que não posso ver,
O que eu não tenho
E que não posso deixar de ter
Fico assim a pensar:
Pra que desejar tantas coisas,
Se nada será meu
Se tudo pra outra vida ficará!
Por isso desejo coisas sublimes,
As quais, as mãos não podem tocar,
Os olhos não as vêem,
E que comigo eu possa sempre levar
O que eu quero mesmo é amor,
Não desejo a solidão.
Em mim não quero saber de dor,
Portanto, eu prefiro a paixão!