Meu coração palpitava
Enquanto meus olhos ardiam
Pela tua ida, eu ia sucumbindo;
Era que no meio daquela névoa
Teu sorriso de aconchego
Ia se sumindo
Deixando para trás, os pedaços de meu coração
E um rastro de solidão
Eu fui ao canto mais fundo do meu coração, para tentar te tirar de lá.
Eu me afoguei no lugar mais obscuro e profundo, que eu não sabia que habitava em mim.
Eu tentei te salvar de mim, e acabei morrendo por dentro.
Eu a tirei do "mar"
E a dei meu coração
Ela correu de volta pra maré
Disse que preferia morrer no mar
Do que se afogar nos meus sentimentos.
Eu fiz as minhas malas e decidi viajar.
Não pra fora, mas para dentro do meu coração
Lá eu vou te reencontrar feliz ao redor de uma fogueira
Numa simples noite de verão.
Teu corpo era meu naquele momento;
Eu te tinha em minhas mãos, e também em meus lábios.
Tu era minha.
E eu era teu!
Se eu soubesse que tu iria;
Não construiria minha casa em teus braços;
E não plantaria meus sonhos, em teu sorriso.
Hoje a minha consciência grita
Em gritos calados, hoje minha cabeça esquenta e na cabeça as lembranças frita;
Lembrei de seu cheiro, com o vento tocando meu nariz
Lembrei que tu me destruiu, e hoje me refiz;
Eu mero marinheiro
Jovem, forte guerreiro
Não se vai com a maré que veleja
Não se perde, com canto de sereia.
Ela, mar correnteza
Morena, valente destreza
Se leva com o vento que puxa
Se perde, se esvai, e machuca.
Falaram que sentir o amor te destrói
Então me dêem a destruição todos os dias da minha vida
Que ei de morrer contente, e no meu jazigo vai estar
"Aquele que ousou realmente sentir o amor, e aceitou a destruição que vem com ele."