Vera Braz

Ovelha negra
Prima,irmã,amiga,filha
por ser fora do padrão
se isola numa ilha
cercada de solidão
à distância de muitas milhas.
Fora da regra da família
fica sempre acuada
não se sente acolhida
a ovelha rejeitada
porém não se intimida
e refaz a sua estrada
Sabe que não vai sozinha
por isso está sempre pronta
não teme qualquer coisinha
deixando pra trás a afronta
olha pra frente e caminha
Se sente alguma dor
não cai e fica de pé
confia sempre no amor
em Deus firma a sua fé
seguindo os passos do Salvador.

Aniversário
Mais um ano se repete
surge uma nova versão de mim

DESPEDIDA DO POETA
Fim de carreira
no barbante do cordel
penduro a minha chuteira.

Autorretrato
Esse meu jeito de ser
não sendo
de querer não querendo
entre o sim e o não
o agora e o então
o quem sabe e o talvez
entre a coragem e a timidez,
me reprime, me define

Chuva de domingo
Sopra o vento
Prenúncio de chuva
Tiro o anel
coloco a luva
Cai água das nuvens
e a cada pingo
observo o tempo
numa tarde de domingo

Longevidade
Alimente se
da palavra de Deus
e viva eternamente.

Meu Theo,meu bem querer
Ser avó,um sonho realizado
Que por Deus me foi dado
Mesmo sem eu merecer
Chegou pra mim o presente
Um lindo pingo de gente
Meu Theo,meu bem querer
Amor que é sem medida
carinho pra toda a vida
Esse é o meu destino
Amar o meu pequenino
A quem dedico afeto
Meu pequeno,meu amor,meu neto
Me trouxe tanta alegria
Sorriso que irradia
Todos os dias meus
Meu lindo presente de Deus

Minha Mel
Linda mulher,jeito de menina
aos olhos da mãe amada
criança ainda é,minha pequenina
doce fruto do meu ventre
filha querida e abençoada
meu amor para sempre.