A brincadeira nos devolve
a pureza original.
O Paraíso é o lúdico.
A inocência perdida
nos condenou ao trabalho.
Só o ócio primordial
é a redenção do homem
que não soube ficar criança.
O mundo é o que tecemos
juntos todos os dias.
Tecelões e tessitura,
somos mãos e somos linhas.
O mundo é carne e tecido,
seres, fatos e coisas
vestindo o nu existir.
Não chore as flores que murcharam:
elas já cumpriram seu papel.
Reverencie as flores que florescem,
porque, na sua essência,
elas são as mesmas flores
que morreram.
Tecnologicamente, chegamos ao ponto em que podemos destruir nos completamente.
A natureza não sentirá a nossa falta.
O vento sopra impetuoso,
vergando a copa das árvores.
As folhas caem no chão:
folhas secas, folhas verdes.
Por que não somente as secas
A ética se imporá naturalmente, quando compreendermos que ela é indispensável à sobrevivência da sociedade.
A vaidade é sempre sincera.
A modéstia, nem sempre.
Ninguém se finge de vaidoso.
E há os que se envaidecem de sua própria vaidade.