Fábrica
O vento vestido e vago! Diz quem grita no vazio que produz orvalho solitário.
Quem passara quem caiu, não deixou nada a funcionar.
A máquina movimenta um pouco de vaidade e abandono, veste as baratas em suas festas, sei que nem mesmo a corrente de meu sangue tornou como energia, funcionava a palpitar e a pouco para parar a única que vivia a me lembrar de estar.
Como dizem! Passa a criança que não percebeu que aquele acaso levou sua inocência, sorrio, olhou a fumaça logo no teto do céu e não da fábrica e disse: morte ao abandono; saudade do movimento interno, lamentos por quem fez desistir quem nem havia sentido, choro por quem não recomendou por quem não se machucou para deixar ali um pouco de sangue, para saber a produção, de outro.
Carro entregara os últimos doces de um namorado apaixonado para a moça que desejara experimentar a fama daquela fabricação, há tempos aconteceu, há anos amarga, esquecera.
Ambição foi se antes de tudo, não recebia, dava sua graça como um ser que pena na rua.
Deixou as idéias, apagou se a propaganda que fazia seus olhos.
Alguém lembre! Resta ao pobre apenas ferrugem que deseja a morte na renovação.
(Tiago Nogueira).