Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros.
Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências.
Eu não tenho a menor dúvida de que os problemas que temos no Brasil em termos de ganância empresarial, ânsia em ficar rico a qualquer custo que leva à corrupção, advêm de um pai ou uma mãe que nunca se preocuparam com a auto estima de seus filhos.
Ter uma religião e não seguir os preceitos que ela advoga, algo que ocorre com freqüência, é o pior dos dois mundos: aí você não procura uma ética melhor que o satisfaça nem segue a ética determinada por sua religião.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia.
Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um “valeu, cara, valeu”.
Se nossos genes são mero acaso da variação genética, falar em QI, mérito, proeza atlética e se achar merecedor de 100% dos ganhos que esses atributos nos proporcionam não faz mais muito sentido.
O que há de meritocrático em ter os genes certos
Se você tem uma religião e não a pratica, se você odeia as pregações de moralidade que seus pais lhe impõem, isso não o exime de procurar um sistema de referência melhor para sua vida, seja uma outra religião, seja uma conduta filosófica, seja um simples livro de auto ajuda.
O objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre.
O casamento é um momento de consagração de duas pessoas, de promessas que deverão ser lembradas e guardadas todo dia e para sempre, não arquivadas numa fita magnética na última gaveta do armário menos acessível.
Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade.
Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher.