sofz

É aquilo que se vê.
É uma coisa bonita que todos gostam.
Apreciam.
E exclamam de admiração.
Mas e a beleza que não é vista por todos de maneira igual A beleza que os meus olhos vêem.
A beleza que os teus olhos vêem.
A que só os nossos olhos vêem.
Porque só aí tudo o que passa despercebido aos outros me cativa, ma chama.
E és tu que eu vejo.
Para além do que os outros vêem.
E é assim que me prendes.
Que me fazes agir como nunca pensei agir.
Descontrolo me.
Digo o que não estava à espera de dizer.
Mas as palavras saem e não as consigo prender a tempo.
Mas é por seres como és que gosto de ti.
Tão único.
Mesmo assim pergunto me o que me cativou em ti.
Contudo, sem resposta, continuo o meu caminho, o mesmo que faço todos os dias para passar mais um dia a viver um sonho que já esteve mais perto da realidade mas que aí não nos interessava.

O coração bate forte, fortemente.
Os pés tremem e preparam se para andar, mas a cabeça não deixa, bloqueou.
Que fazer A cabeça desbloqueia.
Os pés preparam se para mexer e dirigem se à mesa que está no topo.
A boca fala, e mal acaba os pés percorrem o caminho inverso.
As mãos agarram a mala e saio da sala.
Já não aguentava mais a pressão.
É o receber as notas baixas.
É os testes que correram bem e a nota que não corresponde às expectativas.
É o ter saudades das grandes notas do ano passado.
É o tentar melhorar mas ver tudo a piorar.
Umas lágrimas caiem, outras contêm se.
Há os murros, os gritos, a vontade de correr para bem longe e ficar lá até tudo normalizar.
Mas nada disto acontece
E a vontade fica até um dia E esse dia É este dia.