Há um problema de perda de confiança dos investidores no mercado e dos cidadãos, nas instituições públicas e privadas.
Há uma perda de confiança na democracia e nas leis.
Entretanto, mesmo vista com reservas, não se pode descartar o valor probatório da colaboração premiada.
É instrumento de investigação e de prova válido e eficaz, especialmente para crimes complexos.
A corrupção sistêmica gera prejuízos para a concorrência do mercado.
Se os agentes do mercado não tem confiança de que podem concorrer em condições iguais em contratos públicos, se há uma zona sombria de pagamento de propina, isso gera um impacto no funcionamento do mercado.
A corrupção não tem cores partidárias.
Não é monopólio de agremiações políticas ou governos específicos.
Combatê la deve ser bandeira da esquerda e da direita.
Perdemos a dignidade, temos dificuldade de encarar a nós mesmos no espelho ou a comunidade internacional num cenário de corrupção sistêmica.
O poder público se move de maneira paquidérmica, é lento, ineficiente.
A iniciativa privada tem melhores condições de agir rapidamente.
É necessário que [os empresários] digam não à corrupção.
Minha crença maior é que temos um governo de leis e as regras tem que ser aplicadas a todos.
É dever de ofício.
É imprevisível [calcular até onde vai a Lava Jato].
Ela começou com investigação de algumas pessoas envolvidas em lavagem de dinheiro em um posto de gasolina.
Quando chegou na Petrobrás, o que se tinha era um fiapo, foi puxando aquele novelo e, de repente, tem um monstro.
Eu sempre recebo tapinhas nas costas de pessoas que dizem que [a Lava Jato] vai mudar o país.
Não acreditem nisso.
O que muda o país são as instituições mais fortes.