Santana, Kelcy.

Dizem por todos os lugares e são ressaltados em filmes, séries e livros que antes de darmos o nosso último suspiro, vemos nossa vida passar diante dos nossos olhos.
É estranho pensar nisso, pois imagino que não sabemos realmente quando estamos vivendo plenamente ou apenas relembrando o que passou.
No cinema e na literatura, essa "vida" que passa diante dos nossos olhos é apenas parte das memórias boas que cultivamos.
Mas eu imagino que a vida seja projetada como um filme, cada segundo passado de forma importante e única.
Onde vivemos nossas vidas novamente, mesmo sabendo do nosso "final" trágico e inevitável.
É um clichê, mas nós gostamos de um belo final feliz, mesmo que ele se repita diversas vezes.
O nosso coração continua abraçando uma ideia efêmera e contínua.
Neste momento, enquanto escrevo este texto, posso estar quase em meu leito, esperando com um anseio que me deixa perturbado, a chance de dar meu último suspiro.

Se pararmos para refletir a vida de forma completa, veremos a gênese de seu significado: a evolução.
Temer a morte chega a ser algo completamente patético, pois sabemos desde sempre que a vida é como um presente que nos é dado para ser devolvido quando tiver que acontecer.
Devemos pensar nossa vida como uma simples flor, que nasce, floresce, desabrocha, seca e morre.
Mas o ciclo da flor é tão curto, que passa despercebido aos nossos olhos a semelhança com o ciclo de nossas vidas.
O nosso ciclo parece longo, mas na verdade é curto, muito curto.
Você pode sentir que não fez nada pela evolução, mas meu caro, preciso te dizer que você fez muito mais do que pensa.
Você é a evolução do seu próprio ciclo.