Eu sei que não sou capaz de compreender a vastidão infinita dos sentimentos que só quem tem o dom de um útero é capaz de experimentar.
Eu não saberia, na minha rudimentar existência masculina, descrever a divindade de um ser tão sublime e complexo, exatamente por ser a mais importante e essencial obra de Deus na jornada humana terrestre.
Eu não saberia descrever o que é abdicar de si mesma, sacrificar noites de sono, a forma física, sentir dores e preocupações, os seios inchados, doidos, e, ainda assim, com o brilho da mais doce alegria reluzindo no olhar.
Só sei que elas sabem, no instante do primeiro choro, que sua voz será o consolo, e seus braços o conforto e proteção daquele ser que para elas, é mais importante que a própria vida.
Eu não saberia compreender, como muitas conseguem forças para tudo isso, muitas vezes sozinhas, sendo mãe e pai ao mesmo tempo, mas em nenhum momento, por mais difícil que seja a jornada, o amor se enfraquece, ao contrário, é como se elas virassem inteiras coração.
E mesmo depois de os filhos adultos, elas os sentem em seu ventre com a mesma fragilidade dos primeiros meses, e por eles zelam, com o mesmo instinto de proteção.
Parabéns a todas vocês, que no instante que souberam da existência em si, de outro ser, renasceram o que ainda não eram, o que ainda não existia, e passaram a existir